quarta-feira, 2 de janeiro de 2013


Final de Ano diferente: uma crônica ilustrada

          Um ano é o tempo que a Terra leva dar uma volta completa em torno do sol e dura 365 dias e cinco horas e alguns minutos. A cada quatro anos há diferença de um dia a mais e por isso criaram o ano bissexto para compensar as faltas. O ano civil é adotado no mundo inteiro para facilitar as referências de datas entre as nações. Portanto nada mais é do que uma convenção entre os homens, estabelecida em outubro de 1582, pelo Papa Gregório XIII.
       São tantas as convenções... por exemplo, o nome do mês de Abril, foi tirado do Latim, Aprilis, que significa abrir, em referencia ao mês de germinação das sementes. Ora, no Brasil a germinação das sementes se dá no mês de novembro. É o padrão europeu (romano, sede da igreja do papa Gregório). Da mesma forma o Meridiano de Greenwich foi estabelecido pela Inglaterra com marco divisório entre  oriente e ocidente. Por que devemos seguir essa tradição europeia? No caso do ano civil foram eliminados 10 dias do calendário juliano e o papa decretou que o primeiro dia do novo calendário seria 15 de outubro de 1582. Será que a medição astronômica daquele ano está inteiramente correta?

Bem, deixemos as questões técnicas de lado, pois queiramos ou não estamos sujeitos ao decreto daquele papa que comandava o mundo à época. Assim, hoje, 31 de dezembro é dia de fazermos um balanço e planejar o novo ano. Mas, para que tanta celebração no mundo inteiro? Aliás, o Ano Novo começa a que horas? Zero hora de Greenwhich? Este horário corresponde às 20 horas do dia anterior aqui no Brasil. No Japão já seriam 08 horas da manhã e lá, então, o novo ano já teria sol quente. Vê-se que a chegada do ano novo pode variar até 12 horas entre os países. Assim sendo, pensei nos japoneses que já estão “de ano novo” e fui comemorar o meu com um passeio de balão, pela Esplanada dos Ministérios, logo pela manhã deste dia 31 de dezembro de 2012. Além dos balões outras surpresas surgiram e foram documentadas.
          Espírito de criança alegre, nascido nas Lavras do Funil e residindo no Planalto Central, o menino logo que chegou ao local ali encontrou dois OVNI superpostos, um na terra ao lado de um espelho d´água e outro cruzando os céus, porém bem conhecidos. O primeiro, de concreto branco refletindo no espelho d´água que o circunda, o Museu Nacional, obra monumental de Oscar Niemeyer. O segundo, um grande Boeing ou um Airbus, na rota MAO/GIG e defletindo 15º à direita, deixando um rastro branco de condensação do ar gelado a 33.000 pés de altitude. Mais adiante, nas imediações da Catedral Metropolitana – o mais lindo monumento da cidade e que simboliza as mãos em concha elevadas ao céu, o menino se deparou com um pelotão da Polícia Montada e para surpresa, pela primeira vez comandado por uma mulher, uma linda e sorridente Tenente da Polícia Militar, montada garbosamente em um bonito cavalo alazão de pelo reluzente.

O menino e a policial, gentil, de bonito sorriso, posaram para fotos. Cochichou para ela sobre os OVNI, ali ao lado, na esperança de que o pelotão ali permanecesse. Ela sorriu e pelo HT chamou reforço da Patrulha Aérea, o Bavop da mesma corporação, a PMDF. O Comandante da aeronave, um Ecureil- Esquilo, de Itajubá, pousou suavemente ao lado do primeiro OVNI, com o cuidado de posicionar a cauda com seu perigoso rotor estabilizador por sobre o espelho d´água para evitar a aproximação indevida e acidente com qualquer terrestre, principalmente seus filhotes curiosos. Imediatamente o Tenente Leroy saltou, inspecionou o terreno ao lado de dois comandados empunhando, um de cada lado da aeronave, um magnífico fuzil de assalto Bookmaster-AR-15 com pente de 30 cápsulas. Território livre de perigo abriram-se as portas da aeronave e foi liberado o acesso às crianças. Alegre o menino correu, posou para fotos ao lado do comandante, comandados e também no interior do Papa-Mike-Delta. Ali reviveu seu sonho de Ícaro, gestado diante da imponente Serra da Bocaina que emoldura as Lavras do Funil. Atentamente recebeu informações sobre os complexos comandos do helicóptero, relembrando sua perícia no manejo dos controles remotos de seus próprios aeromodelos e tranquilamente, de alma enlevada, voltou aos voos dos balões na monumental Esplanada dos Ministérios.
Quer maneira mais alegre e feliz de se comemorar o Fim de Ano? Corpo leve, feliz, alma destravada, feliz com o dia de hoje e o por vir. Que essa felicidade amanheça assim e sempre em 2013. Para todos nós, familiares e amigos.

Brasília, 31 de dezembro de 2012
Paulo das Lavras do Funil




O balão escolhido para voar na Esplanda dos Ministérios



Os balões em espera


Preparando-se para a decolagem



Acelerando... tome gás propano


                        
Minutos finais, antes da decolagem



                                                                       
                                                                                                                     Decolagens...




Mais alto...


Aterrisando com ventos




Recolhendo as lonas do balão



O lindo cenário de Brasília



Dois OVNI, um no solo e outro riscando o céu


Chegada da Policia Montada


Chegada do reforço- Patrulha Aérea


O comandantte inspeciona a área


Conferindo o Bookmaster do lado esquerdo



Outro Bookmaster, sinal de vitória
 
Cenário liberado para as crianças/menino das Lavras


 

Reinício dos voos

3 comentários:

  1. Que palavras mais linda amigo Paulo Roberto de silva..e agora eu eu posso até dizer :este é o cara!
    Lindo texto,lindas fotos me emocione.Um grande abraço!Levei...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ôh.. amiga Catarina Júlia... essa lavra saiu do coração do menino das Lavras do Funil e que vive nesse exílio dourado de Brasília. Nem fiz revisão do texto, postei do jeito que saiu, da emoção do menino que na infância sonhava em voar, planando como as aves de rapina que saiam da Serra da Bocaina e pousavam no quintal da chácara, bem ali na rua Progresso. É para ser lida com os olhos do coração de amigos como você. Abraços.

      Excluir
  2. Bem-vindo à blogosfera, Paulo. Muito bom. Abraços.

    ResponderExcluir