sábado, 6 de abril de 2019

Histórias de aniversário II - 200 dias de viagem por ano

           Passar o aniversário fora de casa, sozinho, não chega a ser uma raridade na vida das pessoas. Embora viajasse constantemente e passasse semanas no exterior, era de se esperar que pelo menos uma vez isso acontecesse. O que não esperávamos era, justamente, que no único dia de aniversário longe de casa..., nascesse um filho. E foi o que realmente aconteceu, nasceu o Fred e o pai não estava presente, naquele mesmo dia de meu aniversário. Foi, realmente, o que aconteceu com o filho, Fred. Nasceu no mesmo dia de meu aniversário, em 05 de abril, do ano de 1975. Encontrava-me em Brasília, naquele dia de sábado. Não pude voltar para casa, pois não terminara os trabalhos no Ministério da Educação. Antes mesmo de me mudar para Brasília, aqui estava confinado em um hotel, pois viera despachar assuntos de pós-graduação da Esal/Ufla. Não foi possível terminar as questões na sexta feira e trabalhei todo o fim de semana para corrigir o projeto e entregá-lo ao MEC, logo cedo, na segunda feira, após pagar um escritório para “datilografar” as complementações (antes do computador era bem assim mesmo, difícil..., datilografar cada folha do projeto em algum escritório da cidade). E naquele sábado à tarde, o Dr Hélio Haddad trouxe ao mundo, ali na Maternidade Dr Orlando, em Lavras, o filho do coração, Frederico Quintela. Cheguei em casa somente na terça feira, junto com ele que acabara de sair do hospital.

Hoje, não mais viajo tanto e por isso posso desfrutar muito mais dos netos e dos próprios filhos. Aí estão o Fred e seu filho, o japinha, e os outros netos que sempre busco no colégio, pelo menos uma vez por semana e os levo para a casa dos avós. A vida de avós tem lá suas vantagens e a maior delas é que podemos nos redimir das frequentes ausências de casa, quando ainda estávamos na luta profissional. Netos prolongam nossos dias na terra, diz a sabedoria popular. Pura verdade!

Brasília, 05 de abril de 2016

Paulo das Lavras

 
Fred e o filho, André

 
Sarah e o vovô


Pedro Henrique, a alegria de ir para a casa dos avós