quinta-feira, 30 de abril de 2020

Dia do Trabalhador – Insensibilidade e descaso

(Série Quarentena - 04)


Nossas homenagens aos profissionais da Saúde, heróis em uma guerra
 contra um inimigo invisível


Trabalhadores da Saúde – linha de frente no combate ao coronavírus.
Foto: GZH




Neste 1º de Maio somente os mais jovens têm motivo para comemorar o dia do Trabalhador. Nossos governantes fazem questão de desprezar os mais velhos, os idosos. Em sua ótica, os idosos têm os dias de vida contados. Por isso, devem ceder lugar nos hospitais para os jovens,  no caso de internamento pela pandemia do coronavírus.

Conceito Imoral, desprezível, onde valemos apenas pelo que podemos produzir hoje. Sim, hoje, pois o que fizemos e produzimos em 35 ou 50 anos de trabalho não vale. Prevalece o estúpido e desumano conceito do trabalho presente, da mais-valia, o lucro para a Economia.  Ademais, é injusto desprezar nosso trabalho, realizado durante longo tempo, construindo a riqueza da nação, para nossos filhos e até mesmo a construção de escolas públicas, onde estudaram e se formaram esses politiqueiros e pseudo- economistas  que nos humilham e nos achincalham.

            Verdadeiro descaso e imoralidade na politica, pois a vida não tem preço, seja no campo da Justiça, Religião ou Filosofia, sendo considerada um bem superior.


Brasília, 1º de Maio de 2020

Paulo das Lavras


domingo, 26 de abril de 2020

Lições aprendidas com o Coronavirus e imoralidade política


(Série:  Quarentena  -  03)




Foto: Internet

Fique tranquilo, pode continuar a leitura. É um convite à reflexão e não vamos aqui falar sobre como lavar as mãos, o uso de álcool gel e muito menos sobre números de infectados e óbitos por conta do temível Corvid 19. Estamos mais que saturados de péssimas notícias e até parece que a imprensa só se preocupa com isso. Felizmente já começam a circular nas redes sociais outros assuntos tão interessantes quanto à mortandade causada pelo Coronavírus.  Há, inclusive, listas sobre  lições que o Covid-19  nos deixou até agora, em função da pandemia e principalmente pelos efeitos colaterais da quarentena obrigatória a que todos estamos submetidos. Acrescento e até mesmo classifico algumas, dentre tantas, como sendo as principais:

1-   A economia comanda o mundo e os homens e está acima de tudo..., do homem, da ciência e até da fé em Deus.
Exemplos? Nosso presidente da república ignora a ciência e a medicina em favor do sistema econômico. Ignora recomendações mundiais sobre o afastamento social e desconhece que nosso país tem um sistema de pesquisa científica avançado, dos melhores do mundo, como na agricultura, aeronáutica e outros setores, mas principalmente na área da saúde. Esta tem conseguido nos últimos 100 anos acabar com diversas doenças endêmicas, especialmente as tropicais. Já na economia..., imperam os Chicago`s boys, defensores da economia liberal, onde o mercado é o deus. São esses que comandam os destinos do país, fazendo a cabeça dos dirigentes. Para eles o homem, a pessoa humana, só conta se rende $$$ ou se é mão de obra barata, de preferencia.

2  2-  A ganância dos políticos pelo poder é ilimitada, suja, desonesta, criminosa.
Bastou ganhar as eleições e assumir o poder e em apenas 30 dias o grupo do presidente da republica começou a trabalhar e anunciar o projeto de reeleição em 2022 e esqueceu de vez o país. Uma vergonha. Alguns políticos não tem escrúpulos. Atacam e se atracam entre si em meio à crise da pandemia, sem levar em conta os interesses da nação, do povo (veja o Congresso, o STF e a Presidência da República se engalfinhando, disputando o poder e as eleições futuras) e, mais recentemente os episódios da demissão sem justa causa de dois ministros que vinham se desempenhando muito bem na funções.

3-    O ser humano pode ser oportunista  e desprezível 
Nos EUA um governador estadual foi taxativo ao negar tratamento aos idosos e por aqui, o Sr Nelson Teich (ministro da Saúde – Saúde ???..., mais parece trabalhar a favor da Economia) tende a fazer o mesmo. Em seu pronunciamento de posse repetiu o que disse em vídeo de abril de 2019 e agora reproduziu o discurso. Disse que o dinheiro a ser gasto para se tratar o coronavirus é igual para idosos e jovens, mas que estes, os jovens, têm uma vida inteira pela frente e o outro pode estar no final da vida.  Descartar os idosos? Nunca vi tamanha imoralidade, descaso para com a vida. Se o jovem tem a vida inteira pela frente, o idoso passou a vida inteira produzindo a riqueza que nosso país, nossos filhos hoje desfrutam, inclusive ele, o ministro, que estudou em universidades e centros de pesquisas públicos.

 Os despreparados para a vida pública, precisam saber que a vida não tem preço, seja no campo da Justiça, Religião ou da Filosofia, pois é um bem superior. Só mesmo para os desprezíveis a Vida Humana tem o conceito de mais-valia, a força de trabalho que gera lucro e assim podem descartar o tratamento dos idosos em favor dos jovens. A saúde daqueles não conta, pois o que vale é o CPF produtivo para a economia, a máquina de arrecadar impostos a nos espoliar, inclusive e principalmente dos já aposentados, explorados ad aeternum. Estes foram obrigados a pagar 11% de contribuição social, desde os tempos do governo corrupto que queria encher as burras dos Fundos de Pensão, de onde roubou bilhões. Ora, se nós, os idosos, não somos considerados uma força de trabalho, a mais-valia, a deusa dos economistas imorais, então DEVOLVAM-NOS os 11% de nossa aposentadoria, dinheiro arrancado a cada mês, desde 2004. Talvez com esse dinheiro possamos nos tratar na rede particular sem onerar os hospitais públicos, ou quem sabe, deixar o dinheiro da saúde para os sanguessugas.


É duro, é desumano, imoral e criminoso, ser tratado assim, depois de 50, sim cinquenta anos de trabalho com carteira assinada e ter contribuído, compulsoriamente, para a previdência social.  Devolvam-nos, já, a dignidade humana. Chega de imoralidade. Parem também com as injeções de recursos, despejando bilhões em ajudas financeiras aos banqueiros falidos e ao sistema econômico. Usem esse dinheiro para a Saúde dos cidadãos, os únicos que trabalharam e contribuíram para tais fundos de reserva.

Ora, ora, senhores ministros, devolvam já, em primeiro lugar a dignidade dos cidadãos  e em especial aos idosos, principalmente nesse período de coronavirus. Aos aposentados, roubados que foram, devolvam também, com juros e correção monetária (exigimos isonomia no tratamento dado aos banqueiros) os 11% arrancados solertemente de nossas parcas aposentadorias. E mais, tratem os idosos com

4-      O planeta  se regenera  rapidamente sem humanos 
  Mapas de satélites mostraram a poluição do ar em Nova York , São Paulo e outras grandes cidades do mundo, antes e durante a quarentena. Simplesmente desapareceu cerca de 50 a 70% da poluição do ar. O homem é o próprio destruidor da Natureza e quando há uma catástrofe culpa os fenômenos naturais. Quer exemplo maior que a construção de moradias às margens dos rios e riachos sem respeitar a área natural de expansão do leito da água? E as encostas? Não só as invadem como constroem cisternas e fossas e até deixam esgotos  correrem ladeira abaixo, erodindo tudo. Homem ganancioso, desnaturado, destrói seu próprio ambiente e ainda reclama da chuva, do calor, ou seja lá o que for. 

5-       Hospitais  são mais importantes do que estádios de futebol .
Por ironia, os novos e bilionários estádios de futebol, de Brasília e São Paulo, reconstruídos para a Copa de 2014., focos de corrupção nessas obras, estão agora sendo utilizados como hospitais de campanha para o tratamento de vítimas dos coronavírus. Políticos oportunistas, desprezíveis, não olharam, no passado, o interesse público.

6       Os pais agora sabem o valor  de um professor 
         Ainda é cedo para se afirmar, mas, temos esperanças que a volta das crianças e dos pais para casa, à semelhança do que acontecia no passado , até os anos de 1970, quando pelo menos um dos pais ficava em casa,  os jovens serão melhores no futuro, pois aprenderão os valores com seus oróprios pais e não apenas na internet que é a rua de hoje.

7      As famílias estão mais unidas, valorizando, inclusive seus idosos.
Lógico que para alguns casais com antecedentes de incompatibilidade, a quarentena com o convívio forçado de 24 horas por dia e sete dias por semana, deve mesmo ter precipitado o contrário. Porém, o ganho em geral, é infinitamente superior e as crianças são as maiores beneficiárias dessa convivência familiar, tão esquecida e substituída pela vida virtual desde os 3 ou 4 anos de idade, ou então terceirizadas às creches e babás. Como efeito colateral, estudos deverão se tornar abundantes nesse campo, especialmente sobre os efeitos sobre as crianças os próprios pais. Como andam as cabeças dos pais e das mães, acostumados às crianças em tempo parcialíssimo e agora se defrontam com a dupla responsabilidade, do home office e cuidar dos filhos em tempo integral? Boa pergunta que os psicólogos saberão nos responder em breve, incluindo-se obviamente a maior valorização dos idosos nesse contexto.

Quanto aos efeitos deletérios da quarentena naconvivência familiar, é uma pena que a outra epidemia, a do “machismo”, tenha também aumentado com a violência contra a mulher. Mas este é um caso de polícia e esperamos, sinceramente, que logo surja uma lei que determine a cada cidadão denunciar tais violências. Vizinhos, agucem olhos e ouvidos, ao menor sinal de violência contra mulheres, denunciem.

Aguardemos, pois, os resultados que estão por vir. Com certeza o saldo será muito positivo e sairemos vencedores dessa pandemia. Até esperamos que o brasileiro saberá valorizar muito mais os profissionais da saúde do que  jogadores de futebol. Mas, enquanto isso...

SAÚDE para todos!

Brasília, 26/04/2020

Paulo das Lavras

terça-feira, 21 de abril de 2020

Terra prometida – Brasília, 60 anos


Tive a sorte de viver em duas cidades que mais tarde foram consideradas como a “Terra Prometida”, um lugar melhor, em clara alusão à Terra de Canaã, onde brotava o leite o mel, prometida, por Deus, a Abraão para que seu povo ali vivesse em meio à abundância.  Tanto em Lavras, como em Brasília, ao contrário de Abraão que chegou à terra de Canaã e ali enfrentou dificuldades que perduraram por mais de 400 anos, fui privilegiado com as vantagens de ambas as cidades. A primeira, onde nasci, Lavras, no sul de Minas, se constituiu na terra prometida ao pastor e grande missionário norte-americano, Samuel Rhea Gammon, que ali chegando, jovem de 24 anos, construiu escolas e igrejas presbiterianas que ali prosperam.

Brasília, aonde cheguei, por livre escolha, também foi a terra prometida, revelada a Dom Bosco, no longínquo ano de 1883. Entre os paralelos 15° e 20°, viu um local especial, onde, nas palavras de um anjo que o acompanhava em sua visão, apareceria a terra prometida, ao lado de um grande lago e que seria uma riqueza inconcebível. Dom Bosco assim descreveu seu sonho:
  "Entre os graus 15 e 20, aí havia uma enseada bastante extensa e bastante larga, que partia de um ponto onde se formava um lago. Nesse momento disse uma voz repetidamente: - Quando se vierem a escavar as minas escondidas em meio a estes montes, aparecerá aqui a terra prometida, onde correrá leite e mel. Será uma riqueza inconcebível.

 JK se incumbiu de realizar aquele sonho do missionário, construindo e inaugurando a nova capital – Brasília, em 21 de abril de 1960 e não se esqueceu de represar as abundantes águas, formando o grande Lago do Paranoá. Aqui estive, em maio de 1966, em visita juntamente com os colegas do terceiro ano do curso de agronomia. Com apenas seis anos de vida a cidade já se mostrava bonita, diferente, com a sua magnífica Esplanada dos Ministérios, os palácios e alguns viadutos ainda em construção, como aquele do final da Asa Sul e fazendo a ligação da avenida que leva ao aeroporto.

Na primeira visita, embora “diferente” a cidade não empolgou o muito o menino que sequer pensou em um dia vir ali residir e trabalhar no Ministério da Agricultura. Este, aliás, incendiou-se naquele dia e dele vimos, do alto da plataforma da rodoviária, negros rolos de fumo do fogo que o consumia. Soubemos depois que fora um incêndio criminoso, localizado num setor que abrigava os arquivos de inquéritos administrativos o Serviço de Proteção ao Índio, hoje Funai. A partir de 1973, como pró-reitor de pós- graduação da Esal/Ufla, passei a frequentar o Ministério da Educação-MEC e em seguida surgiu o convite para ficar. Em 05 de agosto de 1975 recebi a família no aeroporto, prontos para permanecer dois ou três anos apenas. Naquele dia, ali no aeroporto, desembarcou no mesmo voo, por feliz coincidência, o pai da cidade, o grande estadista Juscelino Kubitschek. Antes de entrar no carro, que o aguardava na área de desembarque, acenou e nos cumprimentou com largo sorriso. Retribuí saudando-o: “então, Presidente, veio visitar a filha querida, Brasília. Obrigado por tê-la construído”. Essa foi a única vez que eu e meu irmão, que me acompanhava, o encontramos, embora quando crianças nos lembrássemos de suas constantes visitas à Lavras, nossa cidade natal.

Pois bem, a cidade nos acolheu de forma surpreendente, a começar pelas boas vindas de JK que, infelizmente morreu em acidente de carro um ano depois. A cidade com amplas avenidas, arborização, parques e belos jardins de Burle Marx e a maior novidade do mundo..., as Superquadras residenciais, onde havia de tudo à mão, sem necessidade de se deslocar de carro. Escolas ao lado, comercio local, agencias bancárias, igreja, correio, clube social, chamado de Clube Vizinhança, com quadras esportivas, piscina, salão de festas e saraus... tudo, tudo mesmo, ao lado dos prédios residenciais. Paraiso para as mães que da janela controlavam as crianças entrando e saindo da escola, clubes, parquinhos de diversão..., paraíso para as crianças e tranquilidade para os pais. Mas, não era só isso e hoje mais ainda, os amplos e belíssimos paisagismos nas superquadras estão a cada dia mais aprimorados. O verde é imenso e nos proporciona extraordinário conforto. Árvores frondosas, floríferas e ainda diversas frutíferas que nos dão o gostinho especial de colher a fruta diretamente da árvore.

Esse imenso parque, que é a própria cidade, enfeita e enfeitiça nossos olhares diariamente. Aqui cada estação do ano marca nossas emoções com olhares distintos sobre as belezas das floradas multicoloridas, ora os ipês, depois as quaresmeiras, buganvílias, cambuís amarelos, paineiras de cores variegadas, sapucaias totalmente revestidas de intenso colorido vermelho e assim por diante. E o que dizer do abissal céu, verdadeiro mar azul, horizonte infinito que beija o verde dos parques com imensos gramados? Uma cidade-parque, sem dúvida, com seus enormes espaços verdes que nos convidam à reflexão, ao devaneio da alma que se enleva e nos torna mais felizes, leves e soltos. Lúcio Costa escreveu no memorial descritivo de seu plano urbanístico que, ao contrário das demais cidades, que se conformam e se ajustam a um paisagismo, como os rios e montanhas, aqui a cidade “criava a paisagem” em meio ao deserto do cerrado e do céu azul como um mar. Verdade! Não foi a toa que a cidade foi tombada, poucos anos depois, como Patrimônio da Humanidade. A beleza de Brasília, com seus amplos espaços verdes e floridos, funciona como um colírio para os olhos e relaxa o stress da vida enlevando nossa alma. Verdadeira cidade-parque que não tem similar no mundo. E eu percorri o mundo, portanto, posso afirmar isto, pois procurei, fiz comparações até mesmo nos aspectos de arquitetura e urbanismo. Nenhuma cidade, nenhum lugar tinha as qualidades planejadas pelo urbanista Lúcio Costa e a beleza das obras de Niemeyer e Burle Marx.

Ah..., tudo isso e ainda nem falamos do trabalho que aqui desenvolvemos ao longo desses 45 anos de morada. Mas essa é outra história, do sucesso profissional no campo da educação superior. Também na profissão os horizontes se alargaram, com atuações desde a capital, Brasília, à todos os rincões do país e a 15 outros países nas três Américas e Europa. Trabalhei no que gostava, a paixão pela Educação. Desenvolvi atividades e projetos de governo no âmbito do planejamento e avaliação da educação superior, aqui e acolá. Plantei e hoje, algum tempo depois, a colheita tem sido farta

Obrigado JK, que pessoalmente deu-me as boas vindas à sua bela cidade que escolhi para morar. Obrigado, Lúcio Costa. Obrigado, Niemeyer e Burle Marx. Seus sonhos e arrojos, com ideias criativas de uma cidade-parque, ajudaram a moldar a vida de nossa família, os filhos que aqui foram criados e hoje todos eles nos proporcionam muitas alegrias. Longe dos estereótipos das baixezas políticas, Brasília pode até ser vista como cidade igual a outras, mas, não é. É uma cidade diferente, já tem sua identidade, um jeito diferente, traçado impecável e uma miscelânea de culturas, do norte ao sul, de todos os brasileiros. Sua arquitetura é inconfundível, limpa, espaçosa, futurista.
Parabéns, Brasília pelos seus 60 anos! Cidade que escolhi e que me acolheu há tanto tempo. Obrigado!

Brasília, 21 de abril de 2020

Paulo das Lavras




Minha primeira visita a Brasília, o 4º, em pé, da esquerda para a direita, Vinte colegas, dentre os trinta
da turma de Agronomia da Esal: Arnaldo, Enivanis, Manoel, Agnelo,João Júlio, Gilvan, José Getúlio, 
Fernado Faria, Augusto e José Lessa. Em pe: Antônio Ernesto, Nilton KPTA, Gilnei, Paulo Roberto, 
Afonso, Djalma, Antonio Carlos, João Marcos, Fernado Santa Cecília, João Virgílio e José Maria Vilela. O último é o Sr Antônio Mazaroppi, motorista da velha jardineira ano 1951 que nos levou à Brasilia.
Foto: maio de 1966 - arquivos do autor



E hoje... a mesma beleza da Esplanada dos Ministérios, com a Catedral que pode ser vista no retrovisor do carro. Belíssimo cenário que eu contemplava duas vezes ao dia, durante 35 anos
 de trabalho, bem ali, no MEC.
Foto do autor



Catetinho, palácio de tábuas, onde Jk se hospedava
 durante a construção de Brasília
Foto: arquivos do IGHB


A chagada da família, mãe, três filhinhas (duas gêmeas)  e duas babás
Foto do autor – aeroporto de Brasília, 05/08/1975


Explorando a cidade, logo na chegada, em agosto de 1975. Palácio do Itamaraty,
a beleza arquitetônica de Oscar Niemeyer aliada à genialidade urbanística
de Lúcio Costa. Cidade sem igual !
Foto do autor


Bloco I, da SQS 308, a primeira moradia, paraíso para as crianças recém-chegadas,
na Quadra-Modelo de Brasília, com a Igrejinha de Fátima, escolas em tempo integral, clube de unidade de vizinhança e paisagismo de Burle Marx
Foto do autor - 1975


O sonho do visionário JK, que se transformou em realidade. Sempre que passo pela 
Praça dos Três Poderes, paro, leio, medito e admiro o Homem que construiu Brasília.
Foto do autor


Surpreendendo JK numa esquina de seu Memorial
Foto do autor


A exuberância do bosque da Superquadra, nova morada a partir do segundo ano após a chegada. Prédios mergulhados em meio às árvores que compõem refinado paisagismo
Foto: internet


Os parques e jardins de Brasília são tão bonitos e atraentes que nem Sir Paul McCartney resistiu. Pegou uma bicicleta no hotel, onde se hospedara para um magnífico show, e foi pedalar.
Foto: Correio Brazilense


A cidade-parque, Brasília, de puro e belo paisagismo, que inclui contêineres de lixo reciclável em cada condomínio, também acolhe os desvalidos catadores de lixo. Nesse dia, nem bem saí da garage, logo pela manhã, para mais um dia de trabalho e eis que me deparo com a cena que foi registrada em foto. Tratei-a com muito respeito e a ajudei naquele dia, recomendando-lhe, ainda que comprasse um pouco de milho para o seu cavalo. Foi um dia feliz para o menino, ouvir a história sofrida de Dona Severina, batalhadora que veio do Piauí e vive na invasão do setor de clubes sul, bem  próximo à Ponte JK.  Brasília é democrática, acolheu a todos.
Foto do autor


Mãos elevadas aos céus, é o que simboliza esse monumento,
a Catedral Metropolitana de Brasília. Mãos que oferecem flores de ipê roxo
Foto do autor


E o menino gostou de contemplar a Esplanada dos Ministérios,
em maio de 1966.


...e  voltou a conferi-la em 2016, exatos 50 anos depois


... e conferiu o lago sonhado por Dom Bosco há 137 anos e construído por Jk.
A belíssima ponte em arcos leva o seu nome


... e levou os netos ao Planetário de Brasília, 40 anos depois da chegada à cidade


... e numa rpasseata de 2018 com a filha que aqui chegou aos três anos,