domingo, 8 de março de 2020

Dia da Mulher – 08 de Março de 2020


MULHER - Somos aquilo que elas, as mulheres, nos fizeram, do nascimento à paternidade. Simples assim! Nem deveria haver um dia especial como o oito de março. Deveriam ser celebradas todos os dias. Sempre!
 - Homem que tem medo da concorrência da mulher, no trabalho, merece mesmo ser derrotado. E ponto final, nem se fala mais em machismo, mas sim de ignorância, burrice, preconceito.




Com essas palavras em epígrafe, relembro a mulher mais poderosa do país, a ministra Carmem Lucia, do Supremo Tribunal Federal-STF, que disse que é necessário refletirmos, neste Dia Internacional da Mulher, 08 de Março, sobre o que podemos cada um, fazer para mudar esse quadro que reina em nosso país, de extrema violência contra a Mulher. Além da violência física, a que muitas estão submetidas, há ainda as constantes manifestações com comentários e brincadeiras que demonstram preconceito. É preciso repensar esse comportamento machista, mas ele só será vencido pela educação e aplicação mais rigorosas das leis. Sustenta a ministra que parte desse preconceito contra a mulher parte do pressuposto, falso, de acharem que elas são mais frágeis, e por isso são prejudicadas na competição profissional, ganhando menos até mesmo em cargos e funções idênticos aos exercidos por homens. Triste e odioso, digo eu, sobre esse vil preconceito, pois há e sempre houve mulheres de destaque em todos os campos da ciência. Basta abrir os jornais e hoje lá se destacam cinco mulheres brasileiras que sequenciaram o genoma do coronavírus, sendo uma de 28 e outas duas de apenas 30 anos de idade. Que beleza, que lindo! Digo e repito sempre: homem que tem medo da concorrência da mulher, no trabalho, merece mesmo ser derrotado. E ponto final, nem se fala mais em machismo, mas sim de ignorância, burrice, preconceito.


Nessa linha de pensamento podemos deduzir que é extremamente injusto esse preconceito no trabalho contra as mulheres. São condenadas a provarem que são muito melhores que o homem, como chegou a declarar o examinador de um concurso para procuradora do estado, da ministra Carmem Lucia, em 1982 nas Minas Gerais, minha terra natal. Teve a petulância de arrematar o pesado preconceito, dizendo-lhe: “se for igual a homem (no resultado do exame eliminatório), preferimos homem”. E eu pergunto, será que aquele juiz examinador, machista, pensava que mulheres não tem inteligência e deveria cuidar apenas de tarefas menores? Oh... my God! Tive o privilégio de trabalhar com mulheres a vida inteira, nas universidades e no Ministério da Educação. Aqui fui chefiado várias vezes por elas, inclusive por uma ministra, Esther de Figueiredo Ferraz. Nunca tive problemas, ao contrário, sempre apreciei as suas inteligências e descortino para com os assuntos educacionais. Coordenei, por quatro anos, cerca de 250 professores brasileiros em cursos de doutorado nos EUA e as mulheres foram as que mais se sobressaíram. Guerreiras que cuidavam da ciência e dos pimpolhos que aprendiam inglês muito mais rápido do que os pais.

A humanidade está cheia de mulheres de destaque e aprendi que no campo educacional são imbatíveis, pois além da inteligência contam com sensibilidade ímpar, amor de mãe, amor de mulher inata para a educação. Costumo dizer que nós os homens somos aquilo que elas nos fizeram, do nascimento à paternidade. Nada seríamos sem Elas. Portanto, rendamos respeito e homenagens a Ela, a mulher, neste seu Dia Especial.

Brasília, 08 de Março de 2020

Paulo das Lavras




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