sábado, 19 de setembro de 2015

País de analfabetos funcionais. A Pátria Educadora e Miriam Leitão



O MEC divulgou, ontem, o relatório da Avaliação Nacional de Alfabetização-ANA, de 2014. Situação desastrosa, triste mesmo. Apenas 11% dos alunos da 1ª a 3ª série do ensino fundamental (início e final do período de alfabetização), conseguiram nota 3 (de 1 a 5 como nível máximo) no quesito Leitura. Na Escrita 26% e na Matemática 43%.

Ano passado o Instituto Vox Populi, contratado pelo PT para pesquisas eleitorais, divulgou que 70% dos eleitores eram analfabetos funcionais, incapazes de ler um texto e compreende-lo. Ora, se em pleno 2015, segundo dados oficiais do MEC em 49.000 (quarenta e nove mil) escolas, as crianças de 10 anos de idade já se revelam com índice de 89% de analfabetismo funcional, o que esperar da Pátria Educadora?

Não podemos perder a esperança. Algo precisa ser feito. No DF a situação é um pouco melhor e os índices saltam para 41% com leitura satisfatória (nota 3) e 69% com escrita também satisfatória. Mas aqui no DF, 90% dos professores da educação fundamental nas escolas públicas têm pós- graduação e os salários são dos melhores do país. Além disso, as escolas privadas têm melhores desempenhos com excelentes programas de incentivo à leitura.

Tomara que os governos não penalizem mais o ensino fundamental e de segundo grau, apesar da crise. As escolas privadas têm investido nesse quesito e hoje tive o prazer de conhecer uma educadora surpreendente, que veio à escola de seus netos, e de um de meus netos, para lançar um livro infantil. Já a conhecia pela TV e jornais da mídia eletrônica como comentarista de Política Econômica. Ela até foi vítima de criminosos cibernéticos. Teve seu currículo adulterado na Wikipédia, por obra e graça de um militante, funcionário da Assessoria Parlamentar do Ministério do Planejamento, que usou os recursos de informática do Palácio do Planalto (http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/09/casa-civil-aponta-servidor-que-alterou-perfis-de-jornalistas-na-wikipedia.html) para falsificar e denegrir o currículo da jornalista e educadora em questão. 

Míriam Leitão, é seu nome, e eu não sabia que também é educadora, autora de vários livros infantís. Hoje ela compareceu a um colégio para lançamento e autógrafo de mais um livro. Pessoa de fino trato, super amável com as crianças, demonstrou profundo conhecimento das questões educacionais de nosso país.

Adorei conhecer Miriam Leitão e sua família, dois netinhos e o filho Matheus. Família é o maior tesouro de nossa vida. Vale a pena enfrentar até os “malfeitos” para defender nossa família. Se a jornalista especializada em economia já se destaca nesta área, agora temos que considerar também seu ótimo desempenho na área da educação infantil com sua extensa produção literária.

É maravilhoso o mundo encantado das crianças e Míriam Leitão sabe enfeita-lo com maestria. Pude ver isso nos olhos e na gritaria de satisfação e alegria de duas centenas de crianças quando da encenação de uma das historinhas. Para quem trabalhou cinquenta anos na educação, trinta e cinco dos quais no Ministério da Educação, em Brasília, na área do ensino superior, ter contato com iniciativas direcionadas às crianças é gratificante, sobretudo quando encontramos pessoas comprometidas e dedicadas como a autora focada.

Criança é joia. Educa-la é nossa obrigação.

Brasília, 18 de setembro de 2015

Paulo das Lavras


                                       Dois dos inúmeros livros infantis de Míriam Leitão





                                                               Sessão de autógrafos




           O autógrafo, com atenciosa dedicatória, para meu neto..., sabido como o sabiá...



                           A netinha Sarah não estava presente, mas ganhou outro livro. A história do

                          nome encantado, que tem um H mudo. Coincidentemente Sarah também o tem.




                     E veja a originalidade da dedicatória. Também ela ganhou o apelido de
                      “nome enfeitado”, tal qual a protagonista da historinha que se chama
                         Nathália, com H....




                               Criançada em alvoroço com a historinha representada no palco




Os atores que representaram a historinha do novo livro: “Flavia e o bolo de
chocolate”.
Bonita e inteligente abordagem da questão de respeito racial. Com apenas sete
 anos e ainda no 1º ano do ensino fundamental, Pedro Henrique já é capaz de
 ler e entender o texto.


Sarah se deleitando com a leitura do livro da menina que tinha
 um “H” enfeitado  no seu nome










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