Sejamos gratos
ao Solo, ele nos alimenta
na vida e nos acolhe na morte.
A
frase acima, de autor desconhecido, cabe muito bem a aquele que dá título a esta
crônica, pois sempre amou, estudou, conservou e melhorou o solo, tornando-o
mais produtivo e beneficiando a toda a humanidade. Hoje, esse mesmo solo
acolheu, para sempre, aquele que mais o amou e fez progredir a Ciência do Solo em nosso
país. Luto! Como a dor de um filho que perde o pai. O seu amor para com seus
alunos era tão grande que todos eles têm uma foto, abraçados a ele. Nelas,
todos esbanjam largos sorrisos, de contentamento, de orgulho por estarem ao
lado de quem tem orgulho, gratidão. Todos nós, seus alunos, colegas, amigos
fazíamos questão de levar para casa uma foto assim. Pude ver isso em quase
todas as postagens de pesar, hoje, em seu perfil em rede social. E não vou
falar aqui, neste dia de seu passamento, sobre a sua brilhante trajetória, de
jovem atleta, aluno, professor universitário, pesquisador, orientador de
numerosas teses de mestrado e doutorado e por que não dizer, além de orientador
foi constante incentivador de mais de dez mil alunos (9.200 na graduação e cerca
de 1.200 na pós-graduação, segundo cálculos com base nas matrículas, somente na
ESAL e UFLA, em seus 59 anos de magistério superior).
Sem
me alongar na sua brilhante carreira profissional quero apenas dizer que,
graduou-se em 1961 e logo em seguida ingressou nos quadros docentes da velha
ESAL/UFLA. Acompanhou-o no ingresso do quadro de docentes, o colega João Márcio
de Carvalho Rios e pouco depois também Sylvio Nogueira de Souza e Hélio Correa. Alfredão dinamizou o
ensino de Fertilidade e Conservação de Solos.
Assinou convenio com o antigo IBC, montando moderníssimo laboratório de
análises de solo. Seus alunos, inclusive eu próprio, pudemos então ver e sentir
a diferença do tratamento e cuidados ao solo, até mesmo por meio de seus
experimentos em lavouras de café, tanto no campus da Escola como em fazendas
assistidas. Revolucionou as técnicas de manejo do solo, sem contar suas
pesquisas avançadas nos solos de cerrado, que proporcionaram a conquista do
cerrado brasileiro, colocando o país nos primeiros lugares do ranking mundial
de produção de alimentos. Seu exemplo, competência e dedicação eram notados e
seguidos por seus pupilos. A mim, emprestou teodolitos e aparelhos de medição
de nível dos terrenos para o entusiasmado estudante de agronomia marcar, na
fazenda de meu pai, os famosos terraceamentos em curvas de nível. Ainda estão
lá, desde o ano de 1965, quando cursamos a cadeira (disciplina) de Solos, com o
super exigente Professor Alfredo, carinhosamente chamado de Alfredão.
Naqueles
idos de 1965, o prof. Alfredo era temido pelos alunos que não gostavam de
estudar muito. Para os mais dedicados e, sobretudo conscientes da importância
do aprendizado de Geologia e Solos para a profissão de agrônomo, ele era o mais
respeitado de todos. Gozador, irônico em tudo que soasse estranho à seriedade
das coisas, ele não perdoava ninguém, sempre fazia piadas. A mim, chamava
solenemente de Paulo Bagaço, apelido de batismo de calouro recebido um ano
antes, ali mesmo na ESAL. Mas, quando percebia que a gozação estava
ultrapassando os limites do razoável, junto aos meus colegas de classe,
emendava: É..., o Bagaço é magrelo, esquelético, mas é bom de estudos, melhor
que muito malandro por aí... A emenda soava pior que o soneto, pois além de
elogiar-me, ainda chamava a muitos de malandros o que aumentava o ruído das
gargalhas. Ele nunca foi um sisudo, no
sentido de fechado. Receptivo, também aceitava as brincadeiras de alunos, pois sempre
foi um desportista acostumado às disputas de igual para igual. Eu mesmo olhava
para o alto de sua cabeça, a mais de 1,90 metros de altura e perguntava como
estava a temperatura ali em cima. Ele sempre tinha uma resposta bem humorada.
Outra gozação que todos faziam era o “baile” que ele, como o famoso e altão
beque do Fabril Esporte Clube, tomou de ninguém menos que Pelé, no seu primeiro
jogo pelo Santos em Minas Gerais. O time do Santos Futebol Clube veio completo
e venceu de 7x2. Pelé marcou quatro, passando pelo Alfredão. Bastava a gente
perguntar, bem sério: Prof Alfredo..., e ele logo se antenava pensando
tratar-se de uma pergunta sobre a aula recém terminada, mas não era. Pura
gozação, nossa, constrangendo-o: “O senhor viu o Pelé por aí...?” Caramba...
ele se arrepiava e dizia... “mas você, seu bobão, não viu os dois gols que
marquei no Santos, do Pelé...?
O professor Alfredão era diferente. Levava muito a sério seu trabalho, dedicado e exigente para com seus alunos, mas, em contrapartida era amigo, de igual para igual onde quer que estivéssemos. Tratava a todos indistintamente com carinho e consideração. Passados mais de 50 anos de minha formatura e mais de 45 fora de Lavras, sempre que visitava a cidade o encontrava, ora em seu gabinete de honra, de professor emérito, na UFLA ou mais frequentemente nos bancos da praça da cidade. De longe eu gritava para ele: “Talco, gesso, calcita, fluorita, phosforita, quartzo, topázio, coríndon e diamante”, declinando assim a escala de dureza dos minerais, isto é, a resistência que uma determinada rocha oferece ao risco. E junto aos seus velhos amigos aposentados que ali batem ponto diariamente de 10 às 11 horas, o Alfredão rebatia-me: “Lá vem o Bagaço, velho, que até hoje ainda se lembra de minhas aulas do ano de 1965...”. Com um largo sorriso, deixava sua bengala e dava-me um forte abraço. E para continuar a gozação eu ainda acrescentava, para que seus amigos ouvissem...: “amigos, não pensem que ele foi bom professor, como ele quer dar a entender que ensinou muito bem a seus alunos”. Não! Não foi nada disso, eu é que sou excepcional....”, e todos caíamos na gargalhada. Lógico que a seguir eu remendava, explicando a seus amigos ali presentes, que excepcional era mesmo o Alfredão que criava frases mnemônicas para seus alunos memorizarem os conhecimentos de geologia e solos. E eu me lembrava perfeitamente da frase que ele criou para decorarmos aquela tal escala de dureza dos minerais, pois a inicial de cada palavra era a inicial do mineral, em ordem crescente: “Tia Gertrudes, caso fores passear, queira trazer coisas doces”.
O professor Alfredão era diferente. Levava muito a sério seu trabalho, dedicado e exigente para com seus alunos, mas, em contrapartida era amigo, de igual para igual onde quer que estivéssemos. Tratava a todos indistintamente com carinho e consideração. Passados mais de 50 anos de minha formatura e mais de 45 fora de Lavras, sempre que visitava a cidade o encontrava, ora em seu gabinete de honra, de professor emérito, na UFLA ou mais frequentemente nos bancos da praça da cidade. De longe eu gritava para ele: “Talco, gesso, calcita, fluorita, phosforita, quartzo, topázio, coríndon e diamante”, declinando assim a escala de dureza dos minerais, isto é, a resistência que uma determinada rocha oferece ao risco. E junto aos seus velhos amigos aposentados que ali batem ponto diariamente de 10 às 11 horas, o Alfredão rebatia-me: “Lá vem o Bagaço, velho, que até hoje ainda se lembra de minhas aulas do ano de 1965...”. Com um largo sorriso, deixava sua bengala e dava-me um forte abraço. E para continuar a gozação eu ainda acrescentava, para que seus amigos ouvissem...: “amigos, não pensem que ele foi bom professor, como ele quer dar a entender que ensinou muito bem a seus alunos”. Não! Não foi nada disso, eu é que sou excepcional....”, e todos caíamos na gargalhada. Lógico que a seguir eu remendava, explicando a seus amigos ali presentes, que excepcional era mesmo o Alfredão que criava frases mnemônicas para seus alunos memorizarem os conhecimentos de geologia e solos. E eu me lembrava perfeitamente da frase que ele criou para decorarmos aquela tal escala de dureza dos minerais, pois a inicial de cada palavra era a inicial do mineral, em ordem crescente: “Tia Gertrudes, caso fores passear, queira trazer coisas doces”.
Assim
era o Alfredão, um professor excepcional, um amigo sincero, ético acima de
tudo. Por ter sido um dos melhores alunos das disciplinas de Geologia e de Solos,
ambas ministradas por ele nos dois primeiros anos do curso, indicou-me para um
estágio na Cia Paulista de Adubos- COPAS. Durante um mês em São Paulo pude
aperfeiçoar meus conhecimentos agronômicos, com visitas às indústrias de
fertilizantes, cinturão verde da cidade, regiões cafeeiras da Mogiana e de
Ribeirão Preto e imensas plantações de citrus, cana, algodão, milho e outras
que abasteciam o Ceasa-SP. Aliás, ainda me lembro da sopa de cebola ali tomada
às quatro da matina, enquanto assistíamos ao ritual de chegada dos caminhões dos
agricultores com sua produção fresquinha, recém colhida e entregue na balança. E
o interesse e entusiasmo transmitido pelo Professor Alfredo a seus alunos não
parava por aí. Terminado o curso, não quis seguir a carreira de extensionista,
o maior mercado para os agrônomos nos anos 60 e 70. Preferi optar pela
atividade de planejamento e execução de projetos agroflorestais. Recusei a vaga
na recém criada empresa Ultrafértil, aprovado em concurso. Lá já se encontravam
outros esalianos, como Lázaro Guimarães Filho, também recém-concursado. Poucos
dias após a formatura, um empresário de Belo Horizonte ligou para o Prof
Alfredo e pediu-lhe a indicação de um ex-aluno que tivesse interesse nessa
área. De pronto, Alfredão indicou meu nome e lá fui para BH, trabalhar em
projetos agroflorestais e paisagismo. A ele me socorri alguns meses depois
quando deparei-me com o problema do gramado do Mineirão, cuja manutenção estava
à cargo da empresa. Levei amostras de solo para análises químicas e um bloco de
terra, intacta, sem quebrar a sua estrutura para testes de percolação. Alfredão
fez todas as análises químicas, físicas e teste de percolação, diagnosticando
salinização, vitrificação do solo. Ali estava a razão de inundações do gramado sob
qualquer pequena chuva, interrompendo as partidas de futebol, naquele ano em
que o Cruzeirão foi pentacampeão com Tostão, Dirceu Lopes, Piazza, Zé Carlos e
o goleirão Raul camisa amarela. Convidei o mestre para juntos assistirmos a um
clássico Cruzeiro x Atlético, até mesmo para fazer valer meu passe livre para
os jogos e que raramente utilizava, mas ele nunca pôde comparecer naquele ano
de 1968.
Esse
foi o Alfredão que conheci e convivi dos oito aos trinta anos. Vizinhos, seu
pai, o Sr Lopes, então chefe da Estação Costa Pinto, era o nosso protetor, das
crianças que ali jogavam bola no campinho anexo à estação. Certa vez derrubei,
com uma bolada, a bandeja cheia de pasteis do vendedor que aguardava o trem
noturno, procedente de Cruzeiro-SP, com destino a BH, passando por ali por
volta das 17:00hs, quando venderia toda a sua produção. Confusão para cima
deste menino de oito anos, dono da bola. O dono dos pasteis, bem maior, já com
seus 14 anos, tomou-me a bola e queria receber o dinheiro equivalente à bandeja
de pasteis. Sr Lopes, mais que depressa levou os dois contendedores para dentro
de seu escritório e mandou chamar os pais. Ao lado, em sua casa estava o jovem
Alfredão, altão, com seus 15 ou 16 anos de idade, treinando bola ao cesto, ali
no seu quintal. Em outros dias ficávamos a ver quantas cestas ele era capaz de
acertar, sem errar uma sequer. Às vezes, também o encontrávamos caminhando ao
lado da linha do trem, lendo um livro, uma apostila, estudando e se
exercitando. Exatos dez anos depois o encontrei na ESAL, ele como professor e
renomado atleta internacional e eu como calouro de agronomia. E nosso
reencontro foi justamente na aguda crise de federalização da ESAL e ele fazia
parte daquele heroico corpo docente que manteve a Escola funcionando, por dois
anos inteiros, sem receber um centavo de salários. Verdadeiros heróis. Se antes a admiração era apenas pelo
atletismo, a partir de então conhecemos o lado profissional do professor e
entusiasta dos estudos e pesquisas sobre a qualidade dos solos agrícolas. Tornei-me seu colega de magistério na Esal/Ufla e depois de 1975, quando me transferi para Brasília, nossos contatos diminuíram.
Às vezes nos encontrávamos em Lavras ou aqui no Ministério da Educação quando ele
vinha tratar de questões relacionadas ao ensino e pesquisa. Nosso último
encontro foi em novembro do ano passado, ali no banco do jardim da cidade e
pela ultima vez gritei-lhe de longe a escala de dureza dos minerais. Era a
nossa senha para abrir o abraço e as gargalhadas. Saudades!
Como
disse antes, o Professor Alfredo Scheid Lopes, tratava-nos, a todos,
indistintamente, com carinho e consideração. Em novembro de 2018 dediquei-lhe
uma crônica, em justa homenagem pelo seu trabalho, de pessoa íntegra, de profundo caráter e que sempre cumpriu
sua missão sem esperar recompensas. Para ele não importava agradar aos demais e
sim, a correção o acerto de suas próprias atitudes. Suas ações sempre refletiam
aquilo que de mais essencial há nas pessoas, a verdade, a ética e o respeito ao
próximo (http://contosdaslavras.blogspot.com/2018/11/ser-reconhecido-ou-reconhecer-se.html).
Seu coração era assim, tanto que uma sua ex-aluna e também pesquisadora, Camilla Kovalsky, elogiou-o com uma frase de Albert
Einstein:
"O estado de espírito que permite que um
homem faça um trabalho desse tipo é semelhante ao do adorador religioso ou do
apaixonado; o esforço diário vem não de uma intenção ou um programa deliberado,
mas direto do coração".
(Albert Einstein - From a Speech “Principles of Research”, 1918)
Seu
maior interesse era a ciência e o progresso de seus alunos e colegas de
trabalho. Reconfortou-me a alma ler as mensagens carinhosas de tantos que se manifestaram
pelo seu passamento. Casos e casos, fotos e fotos, presentes de seus trabalhos
de artesanato (que infelizmente não conheci), revelando o quão ele foi
importante para cada um de seus milhares de ex-alunos e amigos. E importante é aquilo que importamos para
dentro de nós. Por isso o temos no coração, para sempre, pois agora ele foi
contar casos e ensinar suas especialidades em outros campus que não o de Lavras
ou da Carolina do Norte, onde cursou o doutorado e sempre ali retornava.
Que
Deus o tenha e nos conforte a todos nós, especialmente sua família. Como dito
na abertura desta crônica, ele foi como um pai para todos nós, seus alunos.
Ensinava, brincava, caçoava, encaminhava na vida profissional e sempre cultivava
a amizade o carinho, gritando a gente pelo apelido aonde nos encontrasse, até
mesmo ao lado de meu chefe, o Ministro da Educação, no dia da sessão solene da
transformação da ESAL em Universidade e posse do primeiro Reitor, em Lavras. E
antes que o constrangimento tomasse conta do ambiente, por conta do engraçado
apelido, foi logo explicando ao ministro: “ele era muito magro, esquelético,
igual a um bagaço de cana que sai da moenda..., mas aguentou, foi um bom
estudante e hoje está ajudando o Senhor Ministro, lá em Brasília”. E haja gargalhadas.... Alfredão era assim, brincalhão, contador de
casos engraçados, até dava gargalhadas dos casos que ele mesmo contava sobre si
próprio, como aquele dos estonteantes dribles que ele, o grandão de quase dois
metros de altura, levou do Pelé. Era, sim, despojado de qualquer vaidade
pessoal e extremamente dedicado à família e seus mais de dez mil afilhados
estudantes conquistados em sua longa e profícua carreira docente. Deve estar
contando seus casos e encantando as pessoas em outros campos. Seu corpo
descansou hoje no solo, o mesmo solo que ele amou, estudou, conservou e o
melhorou para a produção de mais alimentos para todo o mundo. Deus o tenha.
Amém!
Brasília,
24 de maio de 2020
Paulo
das Lavras
Uma das últimas
vezes que estive com Alfredão, tendo ao meio Dan Gammon, neto de Samuel Rhea
Gammon, fundador do Instituto Presbiteriano Gammon- IPG.
Foto do autor- Sesquicentenário
do IPG, Lavras 24/08/2019, em rampa retilínea com 1,75m, 1,85m e 1,95m
Na solenidade de
criação da UFLA, em dez de 1994, em Lavras.
Alfredão chegou
próximo à comitiva do Ministro da Educação e gritou “Paulo Bagaço”..., porém,
antes de mais nada, foi logo explicando a razão de apelido. Na foto, o primeiro
Reitor Silas
Costa Pereira, o Ministro Murilo Hingel, o Vice- reitor Gui Alvarenga,
Alysson Paolinelli e Paulo Roberto, o “bagaço”,
afilhado do Alfredão.
Foto: Ascom-Ufla
Alfredo e Alysson, na
solenidade dos 50 anos do
Departamento de Engenharia, UFLA, maio de 2016
Foto do autor
A Estação Costa
Pinto, em Lavras, palco da infância e juventude de Alfredo Scheid Lopes
Foto: Arquivos de
Renato Libeck
A casa do Alfredão, ao lado da Estação Costa
Pinto, onde seu pai era o chefe e protegia os meninos quando os marmanjos lhes
tomavam a bola de futebol. À direita existia apenas uma cerca de taquaras de
bambu, trançadas e havia uma cesta de basquete, onde ele trinava arremesso ao
cesto. Mais atrás havia imensa horta de couve, alface e verduras que, ele
mesmo, relatou em depoimento
à imprensa , cuidava,
colhia e saía às ruas, de bicicleta e uma cesta, vendendo as hortaliças aos
vizinhos. E ele ia longe, em sua bicicleta de verdureiro ambulante. Ao passar
pelo jardim , pedalando, despertou a atenção do treinador José Lima, que ofereceu-lhe
uma bolsa de estudos no Instituto Gammon e ali se tornou atleta de renome internacional.
Foto:
Arquivos de Renato Libeck
A Estação Costa Pinto, o campinho, o
barranco de onde escorregou o rapaz com a bandeja com
mais de 50 pasteis, por conta de uma bolada
forte. Em baixo, à esquerda, a casa do chefe da
Estação, Sr
Lopes, pai de Alfredão.
Foto: Brasil Visto
de Cima – Maria TV
O atleta campeão
brasileiro e internacional nas modalidades de
salto de altura
e salto com vara. Mais de 180 medalhas.
Foto: arquivos de
Renato Libeck
Time de
basquete, anos 50, equipe campeã em Minas Gerais.
Foto: arquivos de
Renato Libeck
Esse garoto de
17 anos, dava dribles estonteantes. Passou algumas bolas entre as pernas do
becão de 1,90m e marcou quatro dos sete gols contra o Fabril Esporte Clube, de
Lavras. A gente exagerava nas gozações ao Alfredão, o becão, perguntando se era
verdade que o garoto Pelé passou entre suas pernas..., ou se foi só a
bola... Brabo, ele respondia: oh, bobão, você não sabe que eu marquei os dois gols
do Fabril contra a defesa e o goleirão do Santos? E tomem cuidado vou ferrar vocês
todos na prova de Geologia... Pura brincadeira,,., de ambas as partes e às vezes até mostrávamos a ele uma foto, como essa do garoto Pelé , rindo... Só alegria naquelas caçoadas
mútuas.
Foto: internet
Os heróis que
mantiveram a ESAL em 1963 e 64, sem receber salário algum. Ao centro, na fila
de trás, de terno escuro, o emissário do MEC que foi a Lavras para fechar,
encerrar as atividades da ESAL. Esses heróis e a comunidade lavrense não
permitiram e convenceram o emissário ministerial. Alfredão à esquerda, o mais alto.
Naquele mesmo ano de 1963, em 23 de dezembro, a cidade ganhou o maior presente
de natal, a federalização da ESAL. Honra se feita a esses heróis acima.
Foto: Arquivos de
Renato Libeck
Alfredo
formou-se em 1961. De sua turma, além dele próprio, os seguintes colegas
ingressaram na ESAL como professores: João Marcio de Carvalho Rios e Sylvio
Nogueira de Souza, seguindo-se mais tarde, Hélio Correa. Boa safra, quatro
novos docentes.
Em 07/09/2012,
nas festividades da Semana da UFLA, reinauguração do Campus Histórico totalmente
repaginado em seu paisagismo. Lá estávamos, Alfredão (sentado) e eu (camisa
preta, calça branca, palestrando com duas professoras). Alfredão estava sempre
prestigiando a ESAL/UFLA e o próprio Instituto Gammon que lhe acolheram e o
tornaram um atleta e profissional das ciências agrárias
Foto: Ascom Ufla
O atleta,
professor, cientista, artista plástico e pianista,
executando, em
sua casa, a canção preferida: My way
foto: arquivos da
família Scheid Lopes
My Way
E
agora o fim está próximo
E portanto encaro o desafio final
Meu amigo, direi claramente
Irei expor o meu caso do qual estou certo
Eu tenho vivido uma vida completa
Viajei por cada e todas as rodovias
E mais, muito mais que isso
Eu o fiz do meu jeito
Arrependimentos, eu tive alguns
Mas aí, novamente, pouquíssimos para mencionar
Eu fiz o que eu devia ter feito
E passei por tudo consciente, sem exceção
Eu planejei cada caminho do mapa
Cada passo, cuidadosamente, no correr do atalho
E mais, muito mais que isso
Eu o fiz do meu jeito
Sim, em certos momentos, tenho certeza que tu sabias
Que eu mordia mais do que eu podia mastigar
Todavia fora tudo apenas quando restavam dúvidas
Eu engolia e cuspia fora
Eu enfrentei a tudo e de pé firme continuei
E fiz tudo do meu jeito
Eu já amei, ri e chorei
Cometi minhas falhas, tive a minha parte nas derrotas
E agora conforme as lágrimas escorrem
Eu acho tudo tão divertido
E pensar que eu fiz tudo isto
E devo dizer, sem muita timidez
Ah não, ah não, não eu
Eu fiz tudo do meu jeito
E para que serve um homem, o que ele possui?
Senão ele mesmo, então ele não tem nada
Para dizer as coisas que ele sente de verdade
E não as palavras de alguém de joelhos
Os registros mostram, eu recebi as pancadas
E fiz tudo do meu jeito
E portanto encaro o desafio final
Meu amigo, direi claramente
Irei expor o meu caso do qual estou certo
Eu tenho vivido uma vida completa
Viajei por cada e todas as rodovias
E mais, muito mais que isso
Eu o fiz do meu jeito
Arrependimentos, eu tive alguns
Mas aí, novamente, pouquíssimos para mencionar
Eu fiz o que eu devia ter feito
E passei por tudo consciente, sem exceção
Eu planejei cada caminho do mapa
Cada passo, cuidadosamente, no correr do atalho
E mais, muito mais que isso
Eu o fiz do meu jeito
Sim, em certos momentos, tenho certeza que tu sabias
Que eu mordia mais do que eu podia mastigar
Todavia fora tudo apenas quando restavam dúvidas
Eu engolia e cuspia fora
Eu enfrentei a tudo e de pé firme continuei
E fiz tudo do meu jeito
Eu já amei, ri e chorei
Cometi minhas falhas, tive a minha parte nas derrotas
E agora conforme as lágrimas escorrem
Eu acho tudo tão divertido
E pensar que eu fiz tudo isto
E devo dizer, sem muita timidez
Ah não, ah não, não eu
Eu fiz tudo do meu jeito
E para que serve um homem, o que ele possui?
Senão ele mesmo, então ele não tem nada
Para dizer as coisas que ele sente de verdade
E não as palavras de alguém de joelhos
Os registros mostram, eu recebi as pancadas
E fiz tudo do meu jeito
O pianista - My way
arquivos da família Scheid Lopes
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