... e assim elas nos criaram e nos fazem felizes. É preciso amar a mulher com o amor devido, seja ela mãe, irmã, esposa, companheira ou
amiga... e sempre!
Pintura - Ralph Duncan- Utah
O dia 8 de
março foi escolhido para se celebrar o Dia Internacional da Mulher. Entendo que
o dia da mulher deveria ser comemorado todos os dias. Mas, diante de tantos esquecimentos
e injustiças para com o gênero, até que é conveniente haver uma data especial
para essa comemoração, embora deva ser diariamente. O que seria de nós, os
homens, sem ela? Para início de conversa basta dizer que nem gerado teríamos sido.
Além disso, ela é a fortaleza do lar, ao contrário do que normalmente se pensa.
Ela é agregadora, mantendo a família unida, cuidando de todos, gerindo a casa,
a família enfim, nela se incluindo o homem. Este se vangloria de ser o provedor
(e apenas isso), mas, hoje nem isso ele está conseguindo, pois as mulheres
estão marcando presença no mercado de trabalho igualando-se a eles. Nas
universidades já são 45% dos professores e 55% dos alunos. No mercado de
trabalho já representam 49,2%, em Brasília. Só no Ministério da Educação
representam mais de 70% dos funcionários. No trabalho, além de fazer igual ou
melhor que os homens, seja em empresas ou em órgãos públicos, ela ainda dá
conta ao mesmo tempo de administrar a casa, o lar, fazendo o papel de mãe,
conselheira e conciliadora de conflitos. Além disso, desempenha quase que
exclusivamente a árdua tarefa de educar os filhos e deles cuidar nos momentos
difíceis. Aprendi isso no meu local de trabalho onde predominam as mulheres e
são sempre elas que vão ao telefone para monitorar as atividades da casa, dos
filhos e tudo mais que se relacione à família. Os homens "nem se
ligam" nessa tarefa de procurar saber a “quantas” andam as coisas do dia a
dia da casa. Tomara que isso mude e além de me penitenciar pela inexperiência
passada, sempre estimulo os colegas- pais- a ligarem mais para os filhos, ainda
que seja um simples telefonema no meio da tarde. Isto faz diferença, mas, infelizmente,
ainda, somente as mulheres têm sensibilidade para perceber isso. São qualidades inatas que elas carregam.
Instintivamente se dedicam mais aos outros e passam um bom tempo cuidando da família,
dos amigos, dos desamparados. São capazes de enxergar o mundo e os relacionamentos
de uma maneira muito distinta da dos homens. Até mesmo no campo das relações
sexuais, diz-se que o homem faz sexo, a mulher faz amor.
Os
homens precisam mesmo aprender muito sobre as qualidades da mulher. Eu mesmo
levei algum tempo para perceber isso e valorizá-la por tudo que ela representa
como mãe, irmã, esposa, companheira, filha, colega de trabalho ou simples amiga.
Aprendi a amar todas, cada uma a seu modo próprio e pelo que representam para
nós mesmos e para a sociedade como um todo. Nós somos aquilo que elas, as
mulheres, nos fizeram, do nascimento à paternidade. Simples assim!
Bem fez o poeta que canta as belezas e a
sensibilidade da mulher e cunhou a frase:
“Cuida-te
quando fazes chorar uma mulher, pois Deus conta as suas lágrimas”.
Nada
mais preciso dizer. Um abraço especial para aquela que é a mais especial para
nós... você, Mulher!
Paulo das Lavras
P.S. (08/02/2013) – Passando pelo Rio de Janeiro, no dia 29
de julho de 2011, o menino das Lavras resolveu visitar a Biblioteca Nacional,
onde havia uma exposição dedicada à mulher. Aproveitando o espírito de amor e
respeito às mulheres, guerreiras, no lar e no trabalho fora de casa, o menino
sentiu o quão grande tem sido a luta das mulheres e assim decidiu anexar o
relato a seguir, que complementa de forma magistral e se estende a todas as
mulheres:
Exposição Brasil Feminino- A Mulher na Biblioteca Nacional do Rio de
Janeiro
Foi muito emocionante ver, naquela
exposição, a trajetória da mulher brasileira ao longo de nossa história, desde
os tempos coloniais até o presente. Foram expostos 150 documentos raros, fotos,
jornais, revistas e pinturas diversas incluindo as famosas telas de Debret onde
as mulheres só aparecem como escravas, mercadorias à venda ou aluguel. Afinal
ali estavam representados mais de 200 anos de lutas da mulher brasileira para
ocupar seu merecido espaço na sociedade. Lutas retratadas desde a condição de
mulher escrava até à da mais alta patente, de governante máxima da nação
brasileira. Essa luta se confunde com a própria história nacional contra os
preconceitos e a opressão machista reinante até há pouco tempo.
Mais
interessante ainda, foi observar por meio dos documentos expostos a sequência
cronológica do duro caminho de libertação da mulher brasileira, saindo da
condição de escrava ou, se não, do único espaço que lhe era permitido, ou seja,
a cozinha, o doméstico, até chegar ao espaço público, ocupado tradicionalmente
pelos homens. A mostra foi dividida em cinco diferentes temas: a condição
subalterna da mulher; a consciência política e luta dos direitos civis; a ação
social e educação; o comportamento e, ainda, a atuação científica e cultural.
Nesses cenários desfilavam figuras marcantes como Carlota Joaquina, Maria
Leopoldina, Chiquinha Gonzaga, Carmen Miranda, Zuzu Angel, Zilda Arns, Maria da
Penha (cuja lei de mesmo nome é o terror dos homens violentos contra a mulher),
Benedita da Silva, Lygia Fagundes Telles, Fernanda Montenegro, Maria Esther
Bueno, Marta jogadora de futebol feminino, as jogadoras da Seleção Feminina de
Vôlei, as atrizes Bibi Ferreira, Tônia Carrero, Norma Bengel, a bela Marta
Rocha, a roqueira Rita Lee, as ousadas Mães de Acari, terminando com a
presidente da República, Dilma Rousseff. Uma bela sequência das duras lutas, vitórias
e destaques da mulher brasileira. Foi preciso que o menino das Lavras do Funil
adentrasse um espaço cultural como esse para, embasbacado, se lembrar de quão
pequenas foram as palavras de sua crônica escrita quatro anos antes. Daí
concluiu ser necessário complementá-las com esse relato.
Foi
gratificante visitar a mostra Brasil Feminino. Verdadeira imersão numa história
fascinante. O menino saiu com a sensação de que o nosso país tem progredido
muito na questão da igualdade e equidade do gênero, tornando-nos mais justos
hoje em dia. As mulheres merecem mais que isso, pois afinal elas são mães e
educadoras que nos conduziram à vida. Amor puro... e superiores aos homens em
tudo, menos na força bruta, o que nada importa, pois isso pode até ser
substituído por máquinas.
O amor à mulher é completo, ou assim deveria
ser para os homens. Mulher é para ser amada, admirada pelos seus dotes morais e
grandeza interior, não importa a condição. Pobre daquele que não tem (ou não teve) o amor da
mulher mãe, irmã, esposa, filhas, netas e amigas. São elas que nos movem e
hoje, mais ainda, inseridas no mercado de trabalho, já em escala considerável,
temos mais essa categoria de mulheres, as colegas de trabalho. Têm a delicadeza
das flores e só elas sabem humanizar esse ambiente onde passamos a maior parte
do tempo de nossas vidas. Mulher é tudo na vida, as respeito e as venero. Uma
benção dos ceus! Assim pensa o menino, de feliz infância passada nas Lavras do
Funil e que, literalmente, sempre viveu cercado por elas.
Paulo das Lavras
O Centro Cultural do Rio de Janeiro. Fotos de Paulo Roberto da Silva, em 21/07/2011
Museu Nacional de Belas Artes - Rio
Foto do autor - nov 2011
Teatro Municipal- Rio
Foto do autor - nov 2011
Hall principal do Museu Nacional de Belas Artes
Foto: Arquivos do Museu de Belas Artes
Biblioteca Nacional - Rio
Foto do autor - nov 2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário