(autor desconhecido)
Seja ele, o Solo...,
roxo ou vermelho que produz alimento,
o
amarelo da bauxita (alumínio), ou
o marrom e azul dos minérios de ferro e
manganês.
..... Mas, é dele também..., do Solo,
que
brota a Água que sacia a sede e faz fluir o Sangue em nossas veias
... e a Seiva das Árvores que nos dão sombra e madeira.
Pergunta-se:
Existe
profissão mais bela e sublime que aquela que cuida do Solo?
Introdução
Nesta data em que se celebra
o Dia da Árvore, queremos lembrar também da importância do Solo. O Solo
é a mãe da Natureza. É nele que germina e brota a semente que produz a árvore.
Árvore que dá vida aos animais, alimentando-os com seus frutos e a água que
brota de seu chão. Sejamos, pois, gratos a ele, tal qual nos convida a frase que
abre esse artigo. E para comemorar tão importante data, o CREA-DF, o IBRAM e à
Associação dos Engenheiros Agrônomos do DF, promoveram, nesta memorável data de
21 de Setembro, o Seminário: Gestão de Unidades de Conservação do Distrito
Federal. Neste evento, coube-nos a honra de proferir palestra abordando o tema:
“O Papel do Engenheiro Agrônomo na Recuperação de Áreas Degradas em
Unidades de Conservação”.
Unidades de Conservação são
áreas territoriais naturais passíveis de proteção com fins de conservação da natureza
com características relevantes, incluindo o solo, vegetação, nascentes, fauna e
flora. O Cerrado, ou savana, é por exemplo, um bioma de grande importância em
nosso país e nele estão inclusas várias Unidades de Conservação. Em 11 de
Setembro comemoramos o Dia Nacional do Cerrado. A data foi instituída em 2003
para lembrar a importância do segundo maior bioma nacional, com cerca de 2 milhões
de km². Nele estão inseridos três Aquíferos, o Bambuí, Urucuia e Guarani, o
maior deles, que dão origem a oito das doze maiores bacias hidrográficas que
formam a Bacia do Prata. O nosso cerrado é conhecido como berço das águas.
Mas, ainda assim carece de políticas de Estado que assegurem sua proteção.
Faltam regramentos para ocupação e uso racional. Pior, ainda, em pleno século
XXI, vemos projetos de leis que pretendem reduzir em 40% a área da Floresta
Nacional-Flona, aqui no Distrito Federal. Um crime defendido por agentes
imobiliários e conivência política de agentes públicos que sempre fizeram
vistas grossas às invasões ilegais nas áreas de conservação. Este é apenas um
exemplo de incúria dos agentes políticos que ignoram, ao máximo, a importância
de nossos biomas e o valor que eles representam para a conservação dos recursos
hídricos, flora e fauna. Por outro lado,
a má utilização do solo do cerrado, com baixa produtividade agrícola, vem
fazendo com que muitas dessas áreas sejam abandonadas depois de desmatada. Por
conta de sua baixa capacidade regenerativa acabam se transformando em área
degradadas. É nesse instante que precisamos do Engenheiro Agrônomo,
profissional treinado para lidar com a engenharia do “Agro”. Somente este
profissional está plenamente qualificado para lidar racionalmente e com
tecnologias apropriadas à exploração do solo, água e planta, com inteligência e
técnica, de modo a garantir produtividade, a conservação e a regeneração de
áreas degradadas. Segundo estudos da UFG, a baixa produtividade do solo
maltratado acaba estimulando o produtor rural a abandonar aquele trecho,
tornando-o área degradada que somente será recuperada com a intervenção do
profissional engenheiro agrônomo.
A
recuperação de áreas degradadas, dizem os especialistas, seria suficiente para
a expansão da produção e evitar-se-iam novas áreas de desmatamentos do cerrado.
Por outro lado, trechos que não teriam aptidão agrícola poderiam servir para a
regeneração do cerrado que hoje só conta com 53% de sua área original ainda não
devastada ou sendo usada para a exploração agrícola. Recuperar áreas degradadas
não é simplesmente plantar árvores, construir diques ou tratar águas
residuárias. É muito mais que isso e sua gênese está em seu principal elemento
de apoio, o Solo que é a célula-mater de todo o trabalho de recuperação
de áreas degradadas. Por isso merece destaque na Gestão das Unidades de
Conservação ou de qualquer empreendimento na natureza, seja ele o agronegócio,
o paisagismo de parques e jardins ou nas intervenções urbanas...
“... O solo é a alma-mater na conservação da
Natureza e tem o principal papel na recuperação de áreas degradadas... Dele
provem a fertilidade que faz crescer a vegetação que abriga a
fauna, produz alimentos e a água que bebemos e ainda produz a madeira
que nos abriga e aquece o corpo...”
Poderíamos,
então, afirmar que o primeiro passo na recuperação de áreas degradadas
seria a Recuperação do Solo. Portanto, é preciso, antes de qualquer
intervenção na natureza, seja na agricultura ou na recuperação ou manutenção de
Áreas de Conservação, que se procedam estudos de geomorfologia, pedologia e
fertilidade de modo a se determinara as classes de aptidões do solo, e com base
na fisiologia vegetal proceder as alternativas de intervenção, começando pela
recuperação da fertilidade, indicações
de espécies de vegetação adequadas à topografia, hidrologia,
climatologia/meteorologia e vários outros fatores que devem ser considerados no
planejamento de uma área de produção ou de regeneração e recuperação mais
especializada. A integração com outras profissões é desejável, mas, a
responsabilidade técnica desse serviço de engenharia de recuperação de áreas
degradadas é exclusiva do Engenheiro Agrônomo, conforme perfil profissiográfico
da graduação que se verá mais à frente. O avanço do desmatamento e a visível
degradação de áreas do cerrado e de outros biomas, poderão afetar profundamente
a economia agrícola e a qualidade de vida na região e até mesmo em outras
localidades por onde passam os rios que nela nascem e são afluentes de bacias
como a do Araguaia/Tocantins, do Rio São Francisco e a do Rio Paraná.
Recuperação de áreas degradadas e o Perfil
Profissiográfico
O termo “Agronomia” se
refere à Ciência Agrária, reunindo conhecimentos, técnicas e procedimentos
práticos que conduzem o exercício da agricultura. Nela
estão inseridos os conhecimentos de ciências exatas, naturais (ambiental),
sociais e econômicas. O profissional da área tem o título de Engenheiro
Agrônomo, apto a atuar nos campos das ciências naturais, como a botânica e a
zootecnia e outras áreas, como a engenharia, a economia e administração, de
modo a garantir ou aumentar a qualidade e eficiência, sustentabilidade dos
processos de produção agrícola e pecuária.
Para
a atuação do Engenheiro Agrônomo na área específica da Recuperação de Áreas
Degradadas em Unidades de Conservação, estão previstas atribuições nos
dispositivos legais do Sistema CONFEA/CREA e para tanto, os Projetos
Pedagógicos dos Cursos oficiais e registrados no CREA-DF preveem a qualificação do futuro profissional em
atividades de vistorias, perícias,
avaliações, arbitramentos, laudos e pareceres técnicos, com condutas, atitudes
e responsabilidade técnica e social, respeitando a fauna e a flora e promovendo
a conservação e/ou recuperação da qualidade do solo, do ar e da água, com uso
de tecnologias integradas e sustentáveis do ambiente. A UnB, por exemplo garante
a ministração de conteúdos no curso de Agronomia capazes de qualificar e
habilitar os egressos com “conhecimentos através de técnicas, conceitos, ideias
e compreensões, em torno de um
objeto de estudo: a produção de alimentos e matérias primas a partir de
recursos naturais, tais como o solo, a água, as plantas e os animais
domésticos” com sustentabilidade ambiental
Continua,
ainda o PPC/UNB:
“Mais
recentemente, na base epistemológica da Agronomia e das Ciências Agrárias, as
ideias e conceitos derivados da ecologia e das ciências ambientais têm ocupado
um lugar de grande destaque, fazendo com que o enfoque holístico do agroecossistema
como objeto de estudo venha apontando na direção de novos paradigmas de produção
agropecuária em bases sustentáveis, desempenhando um papel cada vez mais
decisivo nos processos/sistemas de produção no interior dos empreendimentos
rurais.
A
missão do profissional de Agronomia na atualidade apresenta um novo e apaixonante
desafio, na medida em que a otimização dos sistemas de produção agropecuários
tem que levar em consideração que a integração de princípios ecológicos e
limites físicos no formalismo dos modelos da economia compreende muitas
dificuldades suscitadas pela necessidade de abordagens multidisciplinares, transdisciplinares,
holísticas e sistêmicas.
Por
outro lado, o novo paradigma tecnológico-econômico, em um cenário de economia
globalizada, vem sinalizando para padrões de competitividade em que a agregação
de valor aos produtos agropecuários remete para “fora das porteiras” das
unidades de produção rural não só a maior parte da geração da renda, deslocando
os centros de decisão dos empreendimentos rurais, como também criando novos
espaços de atuação dos profissionais de Agronomia, centrados na utilização
intensiva de tecnologias de processos e produtos e, principalmente, da tecnologia
da informação aplicada à gestão dos agronegócios. O ritmo da expansão do
agronegócio brasileiro e sua crescente complexidade, decorrente de um
relacionamento cada vez mais estreito com o setor industrial e o setor de
serviços, não têm sido acompanhados pela oferta de profissionais qualificados
para atender às novas demandas bem como manter a sua competitividade. Hoje, o
mercado requer profissionais versáteis, multidisciplinares e com outras
habilidades...”.
Nesse
contexto, os mercados globais, como UEE, estão se alinhando no sentido de se
alijar da pauta de suas importações, os produtos agropecuários que não atendam
aos princípios de defesa ambiental, com produção sustentável. Assim, a
produção no bioma do cerrado brasileiro, que já se apresenta com áreas de baixa
produtividade e em alguns casos com áreas já degradadas, corre sérios riscos de
ter seus produtos recusados, especialmente a soja e outros grãos. Então, fica
óbvio que o papel e a presença do Engenheiro Agrônomo nas atividades de planejamento
e execução de projetos de produção agropecuária SÃO IMPRESCINDÍVEIS, sobretudo na
Recuperação de Áreas Degradadas em Unidades de Conservação. Somente ele, o
Engenheiro Agrônomo está plenamente qualificado na graduação para planejar e
explorar o Agro com visão holística, integrada, sistêmica, considerando todos
os ramos da ciência, interligados em multi e interdisciplinaridade sistêmica, que
somente os cursos de agronomia detêm. O Engenheiro Agrônomo, com seus múltiplos
conhecimentos integrados, pode reverter situações em Áreas Degradadas, tornando
seus solos mais férteis e assim aumentando a Produtividade do Cerrado, Sem a
Necessidade de se Devastar novas áreas florestais ou nativas da savana. Isto não quer dizer, no entanto, que ele não
possa se valer da colaboração de outros profissionais, sejam eles das áreas biológicas
ou das engenharias e tampouco que outros engenheiros não possam vir a se
especializar nesse campo e requerer atribuições complementares, conforme é
facultado na Resolução 1073/16-CONFEA.
A UNB, por exemplo, tem o seu PPC-Agronomia
aprovado pelo CREA-DF e nele são destacados:
- objetivos
do curso de agronomia
“O
curso de Agronomia tem como objetivo geral formar Engenheiros Agrônomos com capacidade
técnico-científica e responsabilidade social, apto a promover, orientar e
administrar a utilização e otimização dos diversos fatores que compõem os
sistemas de produção agrícola e pecuário, transformação e comercialização, em
consonância com os preceitos de proteção ambiental, além de planejar, pesquisar
e aplicar técnicas, métodos e processos adequados à solução de problemas e à
promoção do desenvolvimento sustentável”.
Não
poderia haver melhor definição, que essa da UNB, acima transcrita de se projeto
pedagógico para formação do Engenheiro Agrônomo para caracterizar o conteúdo da
formação do Engenheiro Agrônomo, como o profissional ÚNICO, habilitado desde a
graduação para planejar o Agros como um todo e não apenas partes. Ora, Recuperação
de Áreas Degradadas em Unidades de Conservação é atividade agrícola complexa de
grande e importante interdisciplinaridade. Há que se planejar o todo do
empreendimento agrícola de modo a conservar, preservar e promover a
sustentabilidade da produção no campo. É ali, com sua visão macro, que ele fará
o uso dos conhecimentos e técnicas para a produção sustentável, nela incluídas a
conservação do solo, água, planta, o bioma que também contempla a fauna.
A
atividade de Recuperação de Áreas Degradadas não se resume a plantar árvores. É
uma atividade de Engenharia Agronômica, complexa de grande
interdisciplinaridade científica.
Os
objetivos específicos do curso de Agronomia da UNB abrangem a formação de profissionais
que possam, dentre várias atividades:
•
Planejar e dirigir serviços relativos à engenharia rural, abrangendo, dentre
outros -
...... irrigação e drenagem
..... projetos que visem à implantação de métodos e práticas
agrícolas com a
finalidade de
explorar de modo sustentável os sistemas de produção vegetal,
abordando
aspectos de... práticas culturais, experimentação, ecologia e
climatologia
agrícolas;
•
Planejar, coordenar e executar programas para o manejo e controle de pragas
(fitopatógenos, artrópodes-praga e plantas espontâneas)
prejudiciais à
produção vegetal;
•
Planejar, coordenar e executar programas referentes à ciência do solo, nas
áreas de
gênese, morfologia, classificação,
fertilidade, biologia, microbiologia, uso, manejo e
conservação;
•
Planejar, orientar, executar e supervisionar a implantação, produção e manejo
de
Espécies florestais, nativas, exóticas, estabelecimento
de viveiros florestais;
• Planejar, coordenar e executar projetos e ações de caráter
socioeconômico, bem
como desenvolver a
consciência e a responsabilidade social, utilizando-se dos
conhecimentos da sociologia,
comunicação, política, economia, administração,
comercialização,
legislação e educação, a fim de promover a organização e o bem-
estar da população;
•
Planejar e desenvolver atividades de gestão ambiental relacionadas aos recursos
naturais renováveis e não renováveis;
•
Gerar e difundir conhecimentos, métodos e técnicas de produção e administração,
envolvendo o ensino, a pesquisa e a extensão
na área da agronomia;
•
Atuar no âmbito da agricultura familiar buscando a sustentabilidade, com ênfase
no
enfoque agroecológico e na proteção
ambiental.
O
curso de Agronomia estabelece ações pedagógicas com base no desenvolvimento de
condutas
e atitudes com responsabilidade técnica e social, tendo como princípios:
• Respeito
à fauna e à flora, com consciência de sua responsabilidade na
sustentabilidade do ambiente;
•
Conservação e/ou recuperação da qualidade do solo, do ar e da água,
a partir da compreensão dos processos
agroecológico, agropecuário
e agroindustrial para diagnosticar problemas
e propor soluções dentro
da realidade socioeconômica;
• Uso
tecnológico racional, integrado e sustentável do ambiente, com
capacidade de análise crítica e visão
holística dos processos;
•
Emprego de raciocínio reflexivo, crítico e criativo, com espírito empreendedor,
senso
ético e capacidade de trabalhar em equipe;
•
Atendimento às expectativas humanas e sociais no exercício de atividades
profissionais, a partir da compreensão da
realidade histórica, política e social,
sendo
capaz de atuar como agente de modificação.
O
currículo do curso de Agronomia dará
condições a seus egressos de adquirirem competências e habilidades com o
propósito de, dentre outras:
- realizar
vistorias, perícias, avaliações, arbitramentos, laudos e pareceres
técnicos, com condutas, atitudes e responsabilidade técnica e social, respeitando
a fauna e a flora e promovendo a conservação e/ou recuperação da qualidade do
solo, do ar e da água, com uso de tecnologias integradas e sustentáveis do ambiente...
Conclusão
Assim é o perfil
profissional do egresso do Curso de Agronomia. Eclético, abrangente, multi,
inter e transdisciplinar, envolvendo conhecimentos necessários para o exercício
pleno da atividade em tela: Recuperação de Áreas
Degradadas.
Tal currículo, detalhado, foi aprovado pelo CREA-DF, tornando o
Engenheiro Agrônomo o único profissional com plenos conhecimentos na graduação para
o planejamento do Agro, nele incluso a recuperação de áreas degradadas que,
aliás, não se restringe apenas ao plantio de árvores estejam elas em áreas
particulares ou em Unidades de Conservação. Assim posto, torna-se desnecessário
abordar os itens das atribuições profissionais aprovados pelo CREA, pois a
Resolução 1.073/16, de 22 de abril de 2016, que regulamenta a
atribuição de títulos, atividades, competências e campos de atuação
profissionais, é bastante clara e suficiente. Cabe, portanto, ao CREA
fiscalizar o exercício da profissão no âmbito da Engenharia e da Agronomia, a
começar pela verificação dos currículos dos cursos (PPC) das Instituições de
Ensino aprovados pelo MEC.
Equipe
multi e interdisciplinar na Gestão de Unidades de Conservação? Sim, evidente.
Poderão e deveriam participar especialistas em gestão pública, administradores,
economistas, sociólogos, geógrafos, meteorologista, engenheiros de todas as
modalidades e até mesmo engenheiros aeronáuticos, com projetos de drones
especiais para monitoramento, semeadura aérea para cobertura vegetal em áreas
de difícil acesso e outros fins.
Quaisquer outros engenheiros também poderão exercer atividades de Recuperação
de Áreas Degradadas, desde que cumpram o disposto na Resolução 1.073 que
contempla essa possibilidade a qualquer profissional da Engenharia e da
Agronomia, que cursar conteúdos complementares, especializados ou não,
em cursos REGULARES aprovados pelo MEC e registrados no CREA. Isto lhe dará direito
à extensão de atribuições. Mas, nenhum outro profissional desempenharia o papel
do Engenheiro Agrônomo que tem competência legal e qualificação desde o
primeiro ano do curso de graduação para lidar com o Agros, o Solo, Água, Planta,
a vida vegetal e animal que se valem da Mãe-Natureza. Protegê-la é a nossa
obrigação, nosso compromisso social com o Meio Ambiente, a Vida, nos exatos
termos do artigo 1º da Lei 5.194/66 que regula o exercício de nossa profissão:
Engenheiro Agrônomo!
Brasília,
21 de setembro de 2022
Eng. Agr., Prof. Paulo Roberto da Silva
telezap – 61- 98122 1523
e-mail. paulosilvadf@gmail.com
Seminário
Gestão de Unidades de Conservação
21
de setembro de 2022
Também participamos do
Encontro de Coordenadores de Cursos de Agronomia, de todo o país, reunidos na Mútua
de Engenharia e Agronomia.
21 e 22 de setembro de 2022
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