(crônica com 3.306visualizações em 12/12/2023 - blogger)
A
capelinha das Fazendas do Açude, Limeira e do Meio, localizada a poucos metros
da rodovia Ribeirão Vermelho/ Rodovia Fernão Dias, nas coordenadas: 21° 8'
49.73" S 45° 4' 47.79" W está em ruínas. Eu não a conhecia. Quando
menino eu apenas a contemplava de longe, a 10km de distância, do outro lado do
rio Grande, no município de Lavras, lá do alto da fazenda Retiro (zona rural
das Tres Barras). Por relatos de meus ancestrais
ribeirenses, das famílias Pereira da Silva e Salles, soube que eles a
frequentavam no passado, antes da década de 1960.
Visitei-a na semana passada. Fiquei encantado com a sua
arquitetura. É a mais bonita de todas as que visitei e fotografei (Três Barras,
Cervo, Farias, Fábrica Velha, Criminoso e Boa Vista, todas essas no município
de Lavras). Entretanto, abateu-me um profundo pesar por vê-la totalmente
abandonada, em ruínas. Uma pena.
Sou
professor aposentado da Universidade Federal de Lavras e do MEC. Resido em
Brasília e estou escrevendo um livro sobre a genealogia da Família Salles, de
Lavras, cujo patriarca Domingos Pereira de Salles (pai de minha vó) foi o
proprietário da Fazenda do Meio, às margens do Rio Grande, no município de
Ribeirão Vermelho. Outros parentes tinham glebas nas fazendas do Açude e da
Limeira, também em Ribeirão Vermelho e ainda no Barreiro, na divisa Ribeirão
Vermelho/Perdões. Essas fazendas circundam a capelinha em questão. Um dos
capítulos do livro será, justamente, sobre a religiosidade e as capelas rurais,
em torno das quais se desenvolviam intensas atividades sociais, incluindo-se o
uso de algumas delas para escolas, casamentos, batizados e até mesmo
sepultamentos, como foi o caso da Capela da Fábrica Velha.
Assim,
gostaria de contar com a colaboração dos amigos para levantar alguns dados e
relatos sobre essa bonita capelinha das fotos, incluindo:
1- Data de inauguração
2- Nome atribuído à capelinha (seria S. Sebastião?). Alguém teria dito que o local se chamaria Luna. Na verdade, há uma meia-lua e uma estrela em alto relevo na fachada.
3- Quem a construiu?
1- Data de inauguração
2- Nome atribuído à capelinha (seria S. Sebastião?). Alguém teria dito que o local se chamaria Luna. Na verdade, há uma meia-lua e uma estrela em alto relevo na fachada.
3- Quem a construiu?
4- Proprietário do local,
atualmente
5- Histórias e casos sobre a capelinha (eventos, etc)
6- Há chances de se restaurá-la? Embora esteja em ruínas, a estradinha de acesso tinha sido patrolada no dia anterior à minha visita, incluindo todo o arredor da capelinha. Será que há planos para recuperação da mesma? Tomara! Assim espero
5- Histórias e casos sobre a capelinha (eventos, etc)
6- Há chances de se restaurá-la? Embora esteja em ruínas, a estradinha de acesso tinha sido patrolada no dia anterior à minha visita, incluindo todo o arredor da capelinha. Será que há planos para recuperação da mesma? Tomara! Assim espero
Ficarei
muito grato sobre qualquer informação, incluindo indicações de livros, artigos
de jornais ou sites que falem dessa bela igrejinha, ou nomes de pessoas e
respectivos contatos (e-mail, telefones) com as quais eu possa falar e colher
informações para o resgate de sua história.
Imagino
que pela sua beleza arquitetônica, deve ter representado muito para as
populações rurais do século passado e com certeza haverá, ainda hoje, alguém
que a frequentou e dela falará com muito gosto e amor.
Obrigado
Brasília, 20 de maio de 2016
Paulo das Lavras -
paulosilvadf@gmail.com
Belíssima fachada da capelinha das fazendas do
Açude, Limeira e do Meio - Ribeirão Vermelho-MG.
Foto tomada em 14/05/2016
Embora esteja em ruínas, a estradinha de acesso tinha sido patrolada no dia
anterior, incluindo todo o arredor da capelinha. Será que há planos de
recuperação da mesma? Tomara!
Uma pena! Assim está o interior da capelinha
Detalhe da fachada. Símbolos
semelhantes aos da Bandeira Nacional da Turquia.
Teria sido construída, a
capelinha, por algum imigrante sírio-libanês, no início do século XX, quando se
deu grande fluxo desses imigrantes para o sul de Minas?
Oi Paulo, já estive neste local, de passagem. Ao avistar a capelinha, não tive duvida, retornei e a encontrei em escombros isso em 2012... Encontrou algo mais dela?
ResponderExcluirAbçs
Olá Leonardo Figueiredo. Obrigado pelo seu interesse. Essas fotos que postei foram feitas por mim, em maio de 2016, quando lá estive, portanto, quatro anos depois de sua passagem pelo local. Estou levantando dados para escrever a história daquela Capelinha que, depois apurei, chama-se Capelinha da Limeira, dedicada à memória de São Sebastião. Como visto no texto da crônica acima, tenho ligações atávicas e afetivas com aquele local. Por isso me interessei e fui conhecê-la depois de mais de 60 (sessenta) anos que a via de longe, muito longe, apenas como um pontinho branco destacando-se num horizonte totalmente limpo, em meio ao verde das matas e pastagens, sem nada ao redor.
ExcluirPelo meu facebook lancei uma campanha para recuperação da mesma. O então Secretário de Cultura da cidade de Ribeirão Vermelho se interessou. Conseguiu uma verba e iniciou sua reforma. Vencido seu mandato, as obras foram interrompidas, mas, o telhado e o forro interno foram inteiramente recuperados. Foi reconstruído também o campanário, embora não se tenha respeitado o projeto original, onde aparecia apenas uma cruz, sobre a torre seccionada, que não tinha telhado. Agora, criaram um telhado para a torre, como aparece na foto atual (set 2017). A pintura levou apenas uma demão e precisa ser concluída, bem como as calçadas laterais que protegem as paredes contra erosão do terreno.
Retornei ao local agora em setembro deste ano de 2017 e verifiquei esses progressos que podem ser vistos na foto que ora estou anexando. Animei-me mais ainda quando visitei o proprietário do terreno (de camisa verde na foto) e uma família que também ajuda a cuidar desse patrimônio e que tem participação desde a construção e inauguração da capelinha da Limeira, que aconteceu por volta de 1936. Todos eles estão empenhados em levantar recursos financeiros para a conclusão da reforma. A paróquia de Ribeirão Vermelho também está engajada nessa campanha. Tem sido celebradas missas no 4º domingo de cada mês, seguindo-se leilão de prendas. Pretendem iluminar e fazer os melhoramentos necessários.
Há inda muito a ser contado sobre essa capelinha e também por se fazer em prol de sua completa recuperação e todos que puderem devem cooperar.
Um abraço
P.S. enviei mensagens e fotos recentes da capelinha para seus amigos Glaucio Henrique Chaves e Wilson Orfao, mas ainda não responderam. Por favor repasse a eles as informações acima. Grato
Caro Paulo,
ResponderExcluirA capela da Limeira foi construída em terreno doado à comunidade em 06/10/1934 por Geraldo Custodio Pereira.
Aos 03/11/1934, foi designada uma comissão encarregada da construção da capela, em reunião sob a presidência do vigário Pe. João Parreira Villaça, e que ficou assim constituída:
- Antonio Custodio Pereira, presidente;
- Geraldo Custodio Pereira, vice presidente;
- Elpidio Custodio Pereira, tesoureiro;
- Antonio Ribeiro, secretário, e
- Urbino Custodio Pereira, provedor.
A capela apareceu nos livros paroquiais pela 1ª vez em 1947, sendo essa a provável data de inauguração.
(fonte: VILELA, Márcio Salviano. Sobre Trilhos – Subsídios para a História de Ribeirão Vermelho. 1998)
Marcelo T. Cheguei a responder-lhe na ocasião, mas, por razões desconhecidas não consta aqui no blog. Muito obrigado pelas informações de grande valor. Juntarei esses dados as demais informações que colhi in locco e aos poucos vamos compondo ahistória dessa bela Capelinha da Limeira, terra de meus ancestrais. Muito obrigado. Um abraço
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