412.067 visualizações neste blog até 11/06//2024- estatísticas do blogge
Foi por volta
do ano de 1774 que o cientista químico, francês, Antoine Laurent Lavoisier
(1743-1794), com apenas 30 anos de idade, descobriu uma das mais famosas e naturais
leis da Química: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.
E todos nós que estudamos química, desde o primeiro ano do curso de 2º grau,
nunca mais nos esquecemos disso. A decomposição de uma matéria tem a mesma quantidade
de massa do produto original, ou seja, ainda que a matéria se decomponha em
dois ou mais produtos, a soma de suas massas será sempre igual ao peso da massa
inicial. É a chamada Lei da Conservação
da Natureza. Vai daí que se criou o ditado popular que diz; “Na vida nada se
cria, tudo se copia...”, em clara alusão à preguiça mental de se criar algo
novo, seja um invento, ou mesmo uma atualização ou modernização de qualquer
coisa. É a nossa lei da inércia, do menor esforço possível (e é natural isto), pois
estamos sempre a preferir a repetição das coisas do passado. Foi assim nesta
semana. Descobri, casualmente, algo interessante no mundo da moda.
O amigo
Rogério Salgado, artista no campo da fotografia, dedicou-se a recuperar uma
foto do menino com sua turma de internato no Seminário. Garoto de apenas 12
anos, ali estava fazendo pose com alguns coleguinhas, diante de aparelhos de
ginástica ao lado do campinho de futebol. Provavelmente numa manhã de domingo,
pois ainda trajava jaqueta de cor caqui acinzentada, uniforme usado para a
missa de domingo na catedral de Sant´Ana, da cidade de Itaúna-MG, onde os
pequenos seminaristas cantavam hinos sacros em coro de 70 vozes. O coral atraía
grande número de frequentadores e após a missa era comum as mães amorosas nos abordarem à saída e nos
abraçar carinhosamente, elogiando nossa performance no lindo coral ensaiado
durante a semana inteira. Muitos de nós, meninos que nunca havíamos saído de
casa, ansiávamos por aquele abraço, único carinho ali muito distante da
família. Pois bem, ao recuperar e colorizar a foto, o amigo fotógrafo mostrou
as feições do garoto que parecia forçar um sorriso, mas que a tristeza, a
melancolia da solidão, da saudade da família, não permitia, não destravava o
semblante. Mas, ainda assim, além dessas evidências, a foto mostrou nitidamente o estilo de corte
de cabelo predominante naqueles idos de 1958, ou seja, exatos 66 (sessenta e
seis) anos atrás. Surpresa maior aconteceu ao receber, dia seguinte à chegada
da foto restaurada, a visita de familiares e entre eles o neto de 15 anos com
um corte de cabelo semelhante a aquele de tanto tempo atrás. Todos comentaram a
semelhança da moda “atual” entre os jovens, com aquele menino de 12 anos, com o
corte de cabelo de 66 anos antes e ambos, neto e avô, ficamos muito felizes com
as semelhanças e ainda orgulhoso retruquei a todos que ninguém mais poderá me achar velho, demodê...
É por isso que
digo, a Lei de Lavoisier, de 250 anos atrás, sempre funciona para tudo, até
mesmo para a moda. Modelos vão e voltam. Só não sei onde surgiu esse “atual” hair-style que meu neto tanto gosta e disse-me
que 99% de seus amigos o adotaram. A
foto restaurada pelo amigo Rogério Salgado fez sucesso. Obrigado! Me senti novamente
um jovem de 12 anos, que estava em dia com a moda... O mesmo ..., só os seus
cabelos mudaram, diriam na propaganda do shampoo... rsrs
Brasília, 28
de janeiro de 2024
Paulo das Lavras
Um corte de cabelo do ano de 1958 ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário