Muito
já se escreveu, discutiu e publicou sobre esse terrível sentimento, o ódio. Não
queremos acrescentar e nem prolongar essas discussões, mas, somente destacar um
dos conceitos mais acertados sobre o comportamento daqueles que cultuam essa
arte associada ao quinto pecado capital, a ira e quase sempre ligada a outro,
a inveja. É sabido que o pecado leva à morte e o ódio é o que mais contribui
para isso. Ele se vira contra o próprio dono, devora sua alma, sua alegria,
destila veneno por todos os poros do corpo, consumindo-o moral e fisicamente. A
pessoa que carrega ódio em seu coração se torna feia, cara amarrada,
carrancuda, olhar fulminante que deixa transparecer o ódio que emana de sua
alma. O ódio mata a esperança, tira a paz, rouba amizade, o respeito, e o
apreço. Alguém tem que ser culpado, menos eu, como dito por um filósofo: “o meu
inferno é o outro...” Errado! Temos que ter empatia, colocarmo-nos no lugar do
outro, abandonar esse comportamento e adotar o oposto, o sorriso que escancara
a alma das pessoas de paz, tranquilas, resolvidas, de bem com a vida.
Mas,
esse preambulo foi apenas para reforçar o conceito que um jornalista expressou,
em defesa de outra jornalista, atacada, a bordo de um avião, pelo ódio de uma
horda de fanáticos partidaristas, incentivados que foram por dirigente de
partido, aquele mesmo que sempre dizia “nós contra eles”, elegendo a jornalista,
vítima, como uma das grandes inimigas do partido. O jornalista disse: “Quem
odeia faz tudo para ser ouvido, lido, visto. E não quer ouvir, ler nem ver o
que vai contra o seu pensamento. Vê o diferente como uma ameaça, um inimigo,
pura e simplesmente”. Outra presidente
de partido, prosseguiu ele, “ainda tentou justificar a agressão à jornalista,
ocorrida dentro do avião e até um ministro do TSE, em outro caso, pediu a
degola de repórter”.
Fim
do mundo, ou apenas estamos diante de uma onda de ódio orquestrada por sequiosos
pelo poder? Tomara que seja passageira essa onda, pois a julgar pelo
comportamento da tripulação do avião, que nada fez par advertir os agressores, demonstra-se que há certa paralisia ou quiçá conivência, apoio velado. E nesse sentido
podemos dizer que nas redes sociais esse ódio encontra campo fértil. Basta
curtir ou compartilhar e já se está apoiando, difundindo a raiva alheia que
também passa a ser sua.
Melhor falar de amor,
companheirismo, solidariedade, ou ainda rememorar as delicias da infância e da
juventude. Falar ou difundir o ódio mostra mais de si próprio que do outro, do qual
estamos a reproduzir as opiniões e atos. Esqueçamos isso e hoje é um dia
especial para se pensar nisto, pois embora não possamos controlar o que os
outros fazem, seja conosco ou mesmo com terceiros, podemos equilibrar a nossa
reação e ainda colocar limites na situação em que estamos envolvidos.
Brasília,
15 de junho de 2017 (dia da Eucaristia,
também chamada de Corpus Christi)
Paulo das Lavras
Sorriso aberto, alma escancarada,
alegria no coração, vida longa...
A
vida é bem melhor assim, como essa mãe e filha que casualmente encontrei às
vésperas do dia de Corpus Christi.
Integram uma Associação de Jovens, encarregada
de confeccionar uma parte do tapete para a
procissão. Espalhemos o Amor e não o ódio!
Nenhum comentário:
Postar um comentário