Sim,
a temperatura política de Brasília está elevadíssima neste quase final de
outubro de 2015. Está pegando fogo. Mas não é disso que queremos falar, desses
tempos de impeachment e de lava-jato. Neste caso, troquemos o
idioma inglês pelo francês..., Flamboyant. Nem bem os ipês foram-se
embora e chegaram os Flamboyants, braseiros ainda brilhantes, flamejantes, como
se traduz literalmente do francês. Bem, mas a temperatura chegou a 42 graus...,
mas o avião da Polícia Federal pousou hoje cedo na capital com um presidiário
fujão, extraditado da Itália e junto..., trouxe também a tão esperada chuva. Alegria em
dobro. Bem vindos, a chuva e o presidiário que foi para a Papuda.
E
eis que nesse calorão que nos assolava até ontem, com a secura que se iguala a
dos desertos do Saara ou de Atacama, que queima a pele, garganta e resseca os
olhos, os flamboyants se destacam com suas flores vermelhas, amarelas e cor de
fogo, como a insultar a grama seca e o pó que dela levanta. Bem verdade que
eles não refrescam como a tão cobiçada chuva, mas adoçam as vistas, molham a
nossa alma que se abre em sorrisos de admiração. Sua exuberância não é só na
ilha de Madagascar, de onde foi trazido à época de D. João VI, ou no Caribe que
também exibe sua cor flamejante... flamboyant..., flamboyant... c'est comme ça! É como se ele sentisse
as agruras do tempo quente e seco e se vingasse mostrando toda a sua beleza
enquanto as demais plantas sofrem com a falta d´água.
Há
uns dois dias, durante minha caminhada matinal, não resisti a alguns cliques.
Os dois primeiros, vermelhos flamejantes, bem à porta de minha casa e os demais
logo adiante. Um até enfeitava, como um buquê de flores, um dos mais belos
monumentos da cidade, a Igrejinha de Fátima, aquela em formato de chapéu de
freira.
Não é a toa que o
flamboyant é considerado uma das mais belas árvores do mundo. Tem um colorido
intenso nas flores, árvore frondosa, alcançando cerca de 10 metros de altura e com
a copa muito ampla, em forma de guarda-chuva.
Veja as fotos recentes e ao final, um jovem flamboyant e ainda assim resplandecente, que plantei em meio ao gramado irrigado do planalto central. Finalmente, para contrastar, o mais bela árvore dessa espécie, na cidade, enorme, flamejante como um braseiro. Admire os
flamboyants e veja se não são como braseiros flamejantes como bem diz seu nome francês.
Brasília, 23 de outubro
de 2015
Paulo das Lavras
Brasília
em chamas? Solo e grama muito secos, mas os braseiros
flamejantes dos Flamboyants reluzem bem em frente
minha casa.
Colírio
para os olhos, bálsamo para a alma.
Temperatura
elevada e secura de apenas 12% de umidade do ar.
Mas,
a alma se molha, encharca de alegria e se extasia quando vê
um
flamboyant incandescente. Parque da cidade. Foto: Cláudio Reis
Ainda jovens, mas flamejante vermelho e outro dourado,
à direita, no eixinho sul
Amarelo-ouro
reluzente, também flamejante..., ou simplesmente flamboyant
Cor de fogo... e flamejante do mesmo jeito... flamboyant
um
dos mais belos monumentos da cidade e seus buquês, vermelho à esquerda
e cor de fogo à direita, complementam a
decoração dos azulejos pintados de azul
Uma
coroa de flores cor de fogo para complementar a decoração dos
azulejos
pintados por Athos Bulcão
...o
jovem flamboyant que eu mesmo plantei no gramado irrigado
Não
tem igual... , exuberante e flamante flamboyant de enorme copa, em
frente
ao Tribunal de Justiça Federal do DF. Foto de Wagner
Reis - 2012
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