Sempre
gostei de jardins. Desde a infância com os canteiros de rosas, manacás, margaridas
e copos-de-leite cultivados ao redor da grande casa da chácara, além do
belíssimo e cinquentenário pé de ipê amarelo. Ali vivi dos três anos até o
término da faculdade e tomei gosto pelos cuidados às plantas, acompanhar o desabrochar
das flores com a revoada de abelhas, os desfiles de borboletas multicoloridas e
joaninhas saboreando seu néctar. Meu primeiro emprego como profissional da
agronomia incluía, dentre outras atividades, cuidar dos jardins da capital
mineira e do gramado do Mineirão. Melhor não poderia ser..., o gosto desenvolvido
desde a infância aliado à paixão profissional de lidar com a natureza das
plantas, água e solo.
O
poeta Rubem Alves aponta pelo menos uma razão para se gostar de jardins: “Um
jardim é a face visível de Deus”. E num jardim estou no paraíso, completa o
autor. Cuidar dele é um prazer imensurável, relaxante, que eleva a alma às
alturas, ao paraíso. Agora, que dispomos de mais tempo, nem é preciso viajar e
conhecer outros lugares, pois ao final de nossas andanças chegamos ao lugar de
onde partimos. Voltamos às origens, às coisas que amamos ainda crianças..., e
assim nos (re)tornamos crianças.
Crianças...?
Sim, elas são simples, diretas e vivem na alegria do presente. As flores são como as crianças, trazem amor e
vida, têm o poder de desarmar e emocionar as pessoas.
Admirar a beleza dos jardins, as flores, frutos,
borboletas e pássaros de toda espécie que ali vivem, reconforta a alma. Plantar
flores é colher felicidade. Ao se aproximarem
as festas de fim de ano deveríamos contemplar mais os jardins e deixar nos
levar nesse enlevo da alma, na beleza das flores, na “face visível de
Deus” e pensar num mundo melhor para nossos filhos, netos e para nós mesmos.
Celebremos
as luzes coloridas e em especial as nossas belas flores multicoloridas que
alegram as Festas de fim de ano.
Feliz
Natal para todos e esperanças renovadas em nossos corações!
Brasília,
dezembro de 2014
Paulo
das Lavras
Natal
de luzes coloridas à noite e flores multicoloridas de dia, nos jardins que são
a
face
visível de Deus, segundo o poeta Rubem Alves
Flor
do manacá da serra. O desabrochar das flores traz a
beleza
e nos faz refletir sobre a simplicidade e
a maravilha
de
uma borboleta ou joaninha se alimentando
do néctar.
A
beleza ímpar da orquídea
A
variedade, de encher os olhos, das zínias multicoloridas
Bordadura
com iresine ou coração partido
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