MULHER
- Somos aquilo que elas, as mulheres, nos fizeram, do nascimento à paternidade.
Simples assim! Nem deveria haver um dia especial como o oito de março. Deveriam
ser celebradas todos os dias. Sempre!
- Homem que tem medo da concorrência da mulher,
no trabalho, merece mesmo ser derrotado. E ponto final, nem se fala mais em
machismo, mas sim de ignorância, burrice, preconceito.
Com
essas palavras em epígrafe, relembro a mulher mais poderosa do país, a ministra
Carmem Lucia, do Supremo Tribunal Federal-STF, que disse que é necessário
refletirmos, neste Dia Internacional da Mulher, 08 de Março, sobre o que podemos
cada um, fazer para mudar esse quadro que reina em nosso país, de extrema
violência contra a Mulher. Além da violência física, a que muitas estão
submetidas, há ainda as constantes manifestações com comentários e brincadeiras
que demonstram preconceito. É preciso repensar esse comportamento machista, mas
ele só será vencido pela educação e aplicação mais rigorosas das leis. Sustenta
a ministra que parte desse preconceito contra a mulher parte do pressuposto,
falso, de acharem que elas são mais frágeis, e por isso são prejudicadas na
competição profissional, ganhando menos até mesmo em cargos e funções idênticos
aos exercidos por homens. Triste e odioso, digo eu, sobre esse vil preconceito,
pois há e sempre houve mulheres de destaque em todos os campos da ciência.
Basta abrir os jornais e hoje lá se destacam cinco mulheres brasileiras que sequenciaram
o genoma do coronavírus, sendo uma de 28 e outas duas de apenas 30 anos de
idade. Que beleza, que lindo! Digo e repito sempre: homem que tem medo da
concorrência da mulher, no trabalho, merece mesmo ser derrotado. E ponto final,
nem se fala mais em machismo, mas sim de ignorância, burrice, preconceito.
Nessa
linha de pensamento podemos deduzir que é extremamente injusto esse preconceito
no trabalho contra as mulheres. São condenadas a provarem que são muito melhores
que o homem, como chegou a declarar o examinador de um concurso para procuradora
do estado, da ministra Carmem Lucia, em 1982 nas Minas Gerais, minha terra
natal. Teve a petulância de arrematar o pesado preconceito, dizendo-lhe: “se
for igual a homem (no resultado do exame eliminatório), preferimos homem”. E eu
pergunto, será que aquele juiz examinador, machista, pensava que mulheres não
tem inteligência e deveria cuidar apenas de tarefas menores? Oh... my God! Tive
o privilégio de trabalhar com mulheres a vida inteira, nas universidades e no Ministério
da Educação. Aqui fui chefiado várias vezes por elas, inclusive por uma ministra,
Esther de Figueiredo Ferraz. Nunca tive problemas, ao contrário, sempre
apreciei as suas inteligências e descortino para com os assuntos educacionais.
Coordenei, por quatro anos, cerca de 250 professores brasileiros em cursos de
doutorado nos EUA e as mulheres foram as que mais se sobressaíram. Guerreiras
que cuidavam da ciência e dos pimpolhos que aprendiam inglês muito mais rápido
do que os pais.
A
humanidade está cheia de mulheres de destaque e aprendi que no campo
educacional são imbatíveis, pois além da inteligência contam com sensibilidade
ímpar, amor de mãe, amor de mulher inata para a educação. Costumo dizer que nós
os homens somos aquilo que elas nos fizeram, do nascimento à paternidade. Nada
seríamos sem Elas. Portanto, rendamos respeito e homenagens a Ela, a mulher,
neste seu Dia Especial.
Brasília,
08 de Março de 2020
Paulo
das Lavras
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