É incrível como o homem
do campo sabe contar o tempo sem consultar o relógio. Meu pai, com sua vida no
campo, nunca usou relógio até os 80 anos. Depois disso passou a usá-lo no pulso
e ficava como uma criança a admirar o brinquedo a todo instante. Viveu até os
101 anos e nunca mais se separou dele, até o último momento. No campo estava
sempre a olhar para os céus como a implorar a chuva para o plantio de cereais e
o sol para a colheita. Sabia a hora pela posição do sol, qualquer fosse a
estação do ano, com a precisão de cinco a dez minutos. Por isso, enquanto na
lida, nunca precisou usar o relógio. Nos trópicos, onde vivemos, sabe-se que há
dias mais curtos, quando escurece mais cedo e dias mais longos quando o sol se
põe mais tarde. Há dias mais frios e dias mais quentes. Dias chuvosos e dias
mais secos. Lua cheia, bem grande e brilhante e depois aparecem pequenas como
se fossem metades. Mas, antes disso, o homem observou que havia dias e noites e
que o sol “passava” pelos mesmos lugares todos os dias e que a lua “passava”
pelos mesmos lugares todas as noites. Acreditavam que o sol girava em torno da
terra. Isto até o ano de 1543, quando foi publicada a tese de Copérnico (falecido
no mesmo dia da publicação), que mostrava que a terra girava em torno do sol
(sistema heliocêntrico). Poucos acreditaram. Galileu, quase um século depois
(1616) defendeu a tese de Copérnico e foi condenado pela Inquisição da Igreja Católica.
Foi obrigado a negar publicamente a tese de que a terra gira em torno do sol,
que seria “herética” e “teologicamente” errada. Foi condenado e teve seus
livros incluídos no Index, censurados e proibidos.
Bem, mas e o tempo medido? Ora, havia dia e noite, frio e calor chuva e
estiagem e esses fenômenos se repetiam em intervalos regulares de tantas luas,
conforme observado pelos agricultores, que se baseavam nesses ciclos lunares
para plantar e colher. Assim, ficou fácil criar um calendário que se repete a
certo intervalo de tempo, as chamadas estações. E qual intervalo? As fases da
lua, lógico! E a repetição de uma
estação se dá a cada 12 lunações. A esse ciclo completo, que corresponde a uma
volta da terra em torno do sol, convencionou-se chamar de Ano, dividido em 12
meses. Esse é o chamado movimento de translação da terra e durante esse
período, o ano, a lua também dá 12 voltas em torno da terra. Cada volta da lua
em torno da terra dura aproximadamente 30 dias, tempo que se passou a chamar de
mês. Então, o ano tem 12 meses, o mês tem 30 dias, e cada dia tem 24 horas –
tempo em que a Terra dá uma volta em torno dela mesma (rotação). Assim, ficou
definido o tempo para a humanidade. Lógico que se os fenômenos naturais se
renovam, como o dia, noite e as estações, completando o ciclo anual, o homem
passou a usar esse calendário para quantificar todas as suas ações, a começar
pela contagem da idade... os anos de vida. Marcar o tempo é uma grande
necessidade humana, não só para questões práticas como psicológicas. Foi sábio
quem inventou a divisão do tempo. Tempo de iniciar, plantar, colher e celebrar os
feitos. E o padrão adotado foi, então, o Ano/Mês/Dia, pelas razões já
explicadas.
Mas, o que significa o Ano Novo? Por que paramos
para pensar, refletir e planejar o próximo Ano? Creio ser uma necessidade atávica,
de nossos ancestrais que viviam exclusivamente da agricultura. Já imaginou se o
agricultor deixa de plantar na época certa? Não vai colher fruto ou cereal
algum, pois cada planta tem seu ciclo vegetativo em função das chuvas e horas
de sol (de 10 a 12 horas por dia , no verão para florescer e frutificar).
Então, fazer um balanço do ano agrícola que passou era mais que necessário. Tão
necessário quanto o “planejar” o dia do novo plantio dos grãos. Na Europa e nos
EUA há um deadline (data fatal), no
mês de maio, para o plantio dos cereais. Se for plantado depois da data fatal é
certo que o “general” inverno vai matar a planta antes que seu fruto amadureça,
lá pelo mês de novembro próximo. Então, desde que esse mundo é mundo, o homem
sempre associou o final de ano como a época para se fazer um balanço das
atividades e também planejar ações para
ano novo, até mesmo por questão de sobrevivência. Assim deve ser na
nossa vida pessoal. Ao final de cada dia, mês ou mais popularmente no final do
ano, sempre comemoramos aquilo que
realizamos. Mas, e as festanças? Toneladas de fogos de artifício, bebidas... Bem,
falemos delas.
Por que mesmo celebramos o Ano Novo com tanto entusiasmo? E o
Reveillon? Esta palavra significa, em francês,
“despertar”, estar atento! Mas como estar atento com tanta embriaguez que
simula “felicidade”? Tem que estar acordado para a passagem do ano, para
“fazer” seus pedidos, diz a tradição, por isso... Reveillon! Ora, ora, a que
hora deverei estar acordado, como reza a mais que antiga tradição? À meia
noite? Onde? No Japão ou no Brasil? São 12 horas de diferença...., portanto que
diferença faz se eu estiver acordado ao meio dia daqui e acompanhar a passagem
do ano, do Japão, via satélite, ao vivo? Costumes, convenções antigas, não
levam em conta o progresso tecnológico. A tal da meia noite, de virada do ano “acontecia”
no mesmo instante para os povos antigos, ou pelo menos até o ano de 1534,
quando Nicolau Copérnico disse para o
mundo que a terra girava em torno do Sol e não o contrário. Galileu Galilei,
que defendia essa tese foi condenado como herético religioso e obrigado a negar
a tese heliocêntrica. Para a igreja conservadora, o sol é que girava em torno
da terra, nascia de manhã e se punha à noite. Por isso, a virada do ano, que
ela mesma, a igreja, criou o calendário de 365 dias e um ano bissexto de 366 a cada
quatro anos, aconteceria à meia noite e “no mesmo instante” no mundo inteiro,
pois a terra era fixa e quem girava era o sol..... Mas, nem foi preciso esperar
a chegada do avião a jato para derrubar tamanha ignorância eclesiástica inquisitória que queimava os cientistas com
sendo hereges, pois outros como Kepler, Tycho Brahe e Galileu aperfeiçoaram a
tese heliocêntrica. Sem ser cientista astronômico, eu mesmo comprovei, na
prática, a burrice da igreja que queimava em fogueiras os hereges que “ousavam”
confrontar seus dogmas.
Foi
assim que certa vez, quando trabalhava nos Estados Unidos, voei de Chicago à
São Francisco, na Califórnia. Foram quatro horas de voo, numa distância de
quase 4.000 km. Saí às 12:00h e cheguei ao destino às 12:00h. Sim, na mesma
hora e foi então que me lembrei da teoria da igreja católica, dizendo que a
passagem do ano se daria !no mesmo instante, no mundo inteiro...” Só que não,
pois, havia voado quatro horas e percorrido longuíssima distância. Se a igreja
tivesse tido acesso ao avião a jato naqueles idos do século XVI, quem sabe a
história teria sido outra.... Fuso horário tem disso, pois o avião a jato voa
na mesma velocidade das horas do fuso. Pode-se dizer que fuso horário é
convenção dos homens. É! Porém, passagem de ano velho para ano novo, também é!
E por que, então, acreditarmos na transcendentalidade dessas datas? Por que
seguir as regras convencionadas? A tradição recomenda celebrá-la com roupas de
cor branca, atirar flores ao mar para Iemanjá, queima de toneladas de fogos de
artifício para espantar os maus espíritos (pelo barulho) e atrair o bem e “iluminar”
os céus, passando a ideia de “comunicação” com os deuses, a ligação com o
transcendental. E a comida farta, incluindo algumas iguarias que “atraem” boa
sorte e representam fartura para o ano todo. Porém, diz a lenda, não se deve
comer, na virada do ano, aves que ciscam para trás, pois isso ocasionaria atraso
na vida, assim como a lentilha verde, dá sorte com moedas, dinheiro. Champanhe, danças, grandes shows
pirotécnicos, etc, etc? À parte a beleza da queima e efeito de toneladas de
fogos de artifício, nada disso me atrai nessas datas, pois são bem grotescas as
origens e razões desses costumes. Enfim, cada povo tem a sua história, seu
folclore e inventa maneiras de desejar feliz passagem de ano para seus amigos.
Folclore e lendas à parte, é só lançar mão de argumentos científicos nos campos
da engenharia, tecnologia, psicologia e afins, para se comprovar o quão primitivas
são essas tradições. E pior, hoje deturpadas para atender aos interesses
comerciais.
Fico
a imaginar, por experiência própria, se eu tivesse embarcado e voado, de
Chicago para São Francisco, à meia noite de 31 de dezembro. Teria eu que
comemorar durante as quatro horas de voo naquela meia noite interminável, de
longuíssima duração da tal festa de reveillon? Ou então, qual “meia-noite”
valeria, a do embarque ou a do desembarque, ou todas valeriam durante as quatro
horas de duração da viagem paralela ao tempo? A infabilidade da igreja falhou!
Pelo menos nessa questão. Pena que os mortos pela sua Inquisição perderam a
vida por conta de crassos erros, pura ignorância. Mas, a despeito disso, a
Terra continua girando em torno do Sol e embora Galileu tenha se livrado da
forca ou da fogueira da Inquisição, ele foi perdoado formalmente
pela Igreja Católica em 31 de outubro de 1992, 350 anos depois de sua morte. A
igreja gastou esse tempo todo, três séculos e meio, para aprender que a Terra
gira em torno do Sol? Ainda bem que não matou Galileu nem Copérnico e concedeu,
ao primeiro, o perdão post mortem.
Bem,
as discussões acima são apenas retóricas argumentativas. Mas, ainda assim e por
isso mesmo, essas festas com seus rituais próprios, antigos e hoje deturpados,
não me empolgam, apesar de os especialistas em psicologia humana acharem que
esses rituais são importantes e têm uma função especial para as pessoas.
Carregam o poder simbólico de abrir e fechar ciclos da vida e esse poder é
enorme, representando verdadeiro sincretismo, explorado até mesmo pelas
religiões. O interessante é que, segundo os mesmos especialistas, as pessoas
sentem necessidade de fazer um balanço de pontos positivos e negativos a cada
ciclo que termina. Outro ingrediente fundamental para o bem estar
psíquico do ser humano é a necessidade de esperança e dá às pessoas uma sensação de controle
sobre o próprio destino, concluem os especialistas. Daí, então, o sucesso dessas festas apelativas
até no nome: réveillon. E a festa é vendida como se fosse a “ALEGRIA” em si.
Pura
fantasia, dizer que todos que ali estão se sentem maravilhosamente felizes, vestidos
de branco (outra fantasia do imaginário humano, pura convenção inventada pelo
homem: a cor branca simbolizaria a paz, calma e pureza,
significa inocência e esperança no bem e surgiu com os adeptos do Candomblé,
que se vestem de branco para jogar flores no mar para Iemanjá). Mas por que
todo mundo precisa fazer o balanço de suas vidas ao mesmo tempo, numa data convencionada
pelo próprio homem? Diz a psicóloga Jaqueline Meireles que esse gigantesco “mutirão de boas intenções”, que se
cria nesses momentos, pode ser um belo empurrãozinho para incentivar o exame de
consciência e abraçar o ano vindouro. Então, segundo a especialista, somos
“empurrados pela massa”, E eu acrescento: pela propaganda comercial, puramente
financeira para os bolsos de quem organiza as festas e comerciantes que querem
vender seus produtos natalinos e de festas de fim de ano. Enfim, todos querem apenas
o lucro comercial, financeiro, até mesmo com irresponsabilidade que mata
dezenas de pessoas a cada ano, como aquele malfadado Bateau Mouche que
naufragou diante do show pirotécnico de Copacabana..
Recentemente
li uma entrevista de um padre muito famoso na TV, que se queixava dessa “escravidão
dos costumes”. Ele alega que não há aquela tal e tão propalada alegria geral. Afirma
que “É quase uma inquisição. Você tem que ser alegre nessa data e isso é
cansativo. Porque às vezes a pessoa não está naquela alegria toda, mas tem que
fazer o papel. Igual na noite de Natal. Eu tenho pena de quem prepara a ceia,
faz na correria toda e na hora de comer a pessoa que preparou não aguenta ficar
em pé”. Quem disse isto foi o Padre Fábio de Melo, palestrante mega-pop da TV,
e continuou seu desabafo:
“...
não gosto disso, dessa obrigação de comemoração e por isso, e precisei aos
poucos, ao longo da vida, tomar coragem
para fugir dos lugares lotados e encontrar a própria turma para ter uma
passagem menos cansativa. O pior lugar do mundo é o litoral no interior. Fila
para a padaria, fila para o restaurante, e vê aquele mar de gente, fingindo
estar feliz. Um dia comecei a tomar coragem de estar onde achei que era mais interessante.
Gosto de não ter a responsabilidade da
alegria do fim de ano e nem ficar
respondendo aquelas mensagens encaminhadas, que você sabe que não foram escritas
para você. Tudo é cansativo”, concluiu o entrevistado.
Encontrei,
portanto, um aliado de peso, incontestável, no combate a esses costumes
deturpados, pois ele tem a sabedoria da convivência com milhões de pessoas e sabe se relacionar. Pensando
melhor, que coisa desagradável ver as festas e tradições humanas transformadas,
hoje, em puro e mero objetivo comercial. Veja o Natal, o que há de religioso?
Quase nada, inexpressivo. O que conta é o papai Noel cheio de presentes
(interesse comercial). As manchetes dos jornais, à serviço do setor financeiro,
só falam de “aumento nas vendas de natal, lojas e shoppings superlotados...”. E
onde fica o espirito natalino cristão? Na festa de fim de ano a mesma coisa...,
as manchetes estampadas, hoje, 31/12/2017, pelo jornal Correio Braziliense: #Partiufesta
na Esplanada; Hora de renovar, com conselhos de astrólogos (ah... faça-me o
favor, me poupe-me dessas crendices e superstições); jogue na Mega-Sena e ganhe
280 milhões; Restaurantes capricham nas festas desta noite; Descrença Política
(grande novidade); Hora de olhar para frente; Fé no futebol e eleições de
2018...; 2018 será Ano difícil... As manchetes não serão diferentes nos
noticiários televisivos da tarde e noite de hoje, a tal virada do ano. Pior,
ainda, serão as notícias de amanhã, primeiro dia do novo ano, com o balanço
negativo do ano velho, sob a falaciosa manchete “Retrospectiva”. Padre Fábio de
Melo, da entrevista acima, tem razão. É irritante e cansativo demais! Também
prefiro ficar longe dessa folia, de falsa “felicidade”. Ninguém tem obrigação
de praticar isso, apenas porque muitos fazem e sem saber que estão sendo
manipulados pelo poder econômico que tudo controla, até mesmo se haverá metrô,
loja aberta ou não. Isto sem contar as origens atrasadas, de completa
ignorância da ciência, que essas tradições carregam.
E
hoje
à
tarde ainda me deparei com uma postagem muito sensata, de uma amiga dos tempos
colegiais, Maria Aparecida Possato. Disse que leu muitas e diferentes mensagens,
mas que a essência é a mesma, falando-se muito em Mudanças. Atitude que ela pensa não ser fácil de tomar e executar.
Prefere a Gratidão e a descreve,
citando a quem deveria ser grata, aos familiares e amigos que lhe ajudaram a ser
quem ela é hoje, a quem lhe oferece trabalho, distração, boa prosa, felicidade
e espaço para entrar em suas vidas, seja em silêncio ou tagarelando. Continua
com sua gratidão, principalmente, a Deus pela vida, lar, comida e luz que
ilumina seus caminhos, muitas vezes sinuosos. Promete a si mesma que vai “tentar”
(gostei do “tentar”, pois se falhar..., bem foi apenas uma tentativa) ser mais
leve e desprendida e que talvez seja essa a estrada para se viver com sabedoria
e saborear os momentos felizes que deixamos de viver todos os dias. Assim se
expressou em sua bela mensagem de Ano Novo. E digo que essas palavras complementam
as de Padre Fábio de Melo e vêm, portanto, ao encontro do meu pensar.
Mas,
descrever quatro paginas sobre as falhas e defeitos atávicos dos costumes das
celebrações das festas de ano novo, não quer dizer, em absoluto, que condenamos quem as comemoram em grandes
eventos públicos e sigam os rituais recomendados para o vestir, comer e beber. Há,
sim, os que gostam de festas, apreciam um bom vinho ou champanhe e participam
com gosto e prazer dessas celebrações com fogos de artifício e muita música e bebida.
Mas, também, ninguém pode dizer que uma reunião, en petit comité, em família,
com um bom jantar (e até champanhe, e faz bem...), precedido de uma oração de
gratidão a Deus por tudo que somos e, esperando as 12 badaladas do antigo relógio
de parede, marcando um novo dia, um novo ano, não possa também ser considerada
uma grande comemoração do Ano Novo.
Feliz 2018
!!!
Saúde e coragem
para enfrentar os desafios que nos esperam!
Brasília, 31 de dezembro de 2017
Paulo das Lavras
Hoje, à tarde, vestido de preto, dos pés
à cabeça (ops..., esqueci-me da tinta preta nos cabelos...rsrs).
Nada de vestes brancas, pura superstição.
Detesto convenções e falsas alegrias...kkkk. Aqui, na foto, a alegria foi real,
verdadeira, pois degustava, numa adega comercial, uma legítima Veuve Clicquot....
Mas, acabei levando a Chandon...rsrs,
tão boa quanto e pronto para a passagem de ano, recebendo em casa toda a
família e agregados. Mesmo trajando o preto (disfarça mais o barrigão...rsrs),
ninguém poderá contestar a alegria, a gratidão
por tudo.
Ah..., não vou precisar de fogos de
artifício para espantar maus espíritos ou iluminar os céus para falar com
deuses da mitologia.
A oração sincera, de olhos fechados, no
silêncio da alma, nos aproxima mais de Deus.
Missão cumprida em 2017. Gratidão à
Deus, à família e aos amigos!
Saúde, para todos nós, e coragem para
enfrentarmos os desafios de um novo ano.
Sim, o show pirotécnico de Copacabana é
lindo. E a massa de milhões de cariocas e turistas do mundo inteiro faz a
alegria do comércio. Os psicólogos têm razão, é contagiante a festa de
Reveillon.
Um jornal publicou:
“...para a chegada de 2017 em
Copacabana... na noite de réveillon, a praia mais famosa do Brasil recebeu, de
acordo com a Riotur, dois milhões de pessoas, que foram brindar a chegada de um novo ciclo.18
toneladas de fogos foram disparados de onze balsas iluminando o céu de
Copacabana para delírio dos presentes. O público ouviu o disparo de 21 mil
bombas que começaram ao som de “Samba do Avião”, de Antônio Carlos Jobim. A
esperança por dias mais leves e uma situação financeira mais tranquila também
influenciou na maneira das pessoas se vestirem para o réveillon. Assim como no
ano passado, muita gente trocou o tradicional branco pelo amarelo, que representa
a prosperidade.
— Vim de amarelo para ter mais sorte em
2017. Preciso atrair coisas boas, principalmente uma proposta de emprego — diz
Larissa da Cruz, que ficou desempregada em 2016.
Portanto.... Feliz 2018. Saúde para
todos!”
Foto: - reprodução, internet - 2017