Passar o aniversário fora de casa, sozinho, não chega a ser uma raridade na vida
das pessoas. Embora viajasse constantemente e passasse semanas no exterior, era
de se esperar que pelo menos uma vez isso acontecesse. O que não esperávamos
era, justamente, que no único dia de aniversário longe de casa..., nascesse um
filho. E foi o que realmente aconteceu, nasceu o Fred e o pai não estava
presente, naquele mesmo dia de meu aniversário. Foi, realmente, o que aconteceu
com o filho, Fred. Nasceu no mesmo dia de meu aniversário, em 05 de abril, do
ano de 1975. Encontrava-me em Brasília, naquele dia de sábado. Não pude voltar
para casa, pois não terminara os trabalhos no Ministério da Educação. Antes
mesmo de me mudar para Brasília, aqui estava confinado em um hotel, pois viera
despachar assuntos de pós-graduação da Esal/Ufla. Não foi possível terminar as
questões na sexta feira e trabalhei todo o fim de semana para corrigir o
projeto e entregá-lo ao MEC, logo cedo, na segunda feira, após pagar um
escritório para “datilografar” as complementações (antes do computador era
bem assim mesmo, difícil..., datilografar cada folha do projeto em algum
escritório da cidade). E naquele sábado à tarde, o Dr Hélio Haddad trouxe ao mundo, ali na
Maternidade Dr Orlando, em Lavras, o filho do coração, Frederico Quintela.
Cheguei em casa somente na terça feira, junto com ele que acabara de sair do
hospital.
Hoje, não mais viajo tanto e por isso posso
desfrutar muito mais dos netos e dos próprios filhos. Aí estão o Fred e seu
filho, o japinha, e os outros netos que sempre busco no colégio, pelo menos uma
vez por semana e os levo para a casa dos avós. A vida de avós tem lá suas
vantagens e a maior delas é que podemos nos redimir das frequentes ausências de
casa, quando ainda estávamos na luta profissional. Netos prolongam nossos dias
na terra, diz a sabedoria popular. Pura verdade!
Brasília, 05 de abril de 2016
Paulo das Lavras
Fred e o filho, André
Sarah e o vovô
Pedro Henrique, a
alegria de ir para a casa dos avós