Ao
ler os jornais, comoveu-me a histórias de um pai e filha, Laura e Juliano
Colombini, que saíram de sua casa, em Nova Lima e foram a Brumadinho, a mais de
70 km, unicamente para abraçar as pessoas necessitadas, vítimas daquele
monstruoso desastre humanitário, do rompimento de barragem de rejeitos da
mineração de ferro que ceifou centenas de vidas. Ao ler a comovente história,
veio-me a mente, além do recente caso do netinho, o episódio acontecido comigo,
em BH, naquele 20 de julho passado. Pensei comigo..., então esse gesto, de
oferecer um abraço, é mesmo próprio dos conterrâneos mineiros. Quanto vale um
abraço..., seja na alegria ou na dor? E os mineiros, com fama de
introspectivos, criados entre montanhas, são mestres na arte de bem receber, de
distribuir abraços, conduzir as visitas para o aconchego e a intimidade de sua
cozinha e ali, ao sabor de um cafezinho com pão de queijo assado na hora,
passar horas e horas contando casos e causos, com a participação de toda a
família ali reunida, em homenagem e carinho ao visitante. E até na hora ir-se
embora o mineiro é diferente. E digo isto porque conheço todos os estados de
nosso país, visitando as mais de cinquenta universidades federais. Diferentes n
despedida? Sim são os únicos a nos despedirem sem dizer a palavra “adeus”. Mineiro
diz, compungido, emocionado..., vai com Deus, como a dizer se cuide e volte
sempre. Coisas de Minas que nos tocam profundamente. Oh, Minas Gerais! A gente
nasce mineiro e morre mineiro e não adianta estar quarenta e cinco anos fora
das montanhas de Minas, pois o sentimento é o mesmo, apesar da distância.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2019
Minas, montanhas e dois abraços diferentes
Em
20 de julho de 2018 desembarquei em B.H e enquanto aguardava o reembarque para
Lavras, onde iria assistir às solenidades do sesquicentenário da cidade natal,
fui abordado por duas sorridentes garotas que logo me mostraram um cartaz de
cartolina: “Abraço Grátis!!!”. Antes de qualquer reação de minha parte anunciaram, com largo sorriso, que queriam me abraçar. Mais que depressa fechei a
pagina do whatsapp (ôohh,
vício... rsrs) e corri para o abraço. Afinal, não é sempre que
recebemos abraços..., de graça! Explicaram-me que era o Dia do Amigo e por isso
estavam distribuindo amor fraternal. Sem dúvida, o abraço é considerado uma
prova de afeto, de carinho, de amor ao próximo e estabelece uma ligação
saudável entre as pessoas. Naquele dia foi um abraço efusivo, de alegria, de
energia, pura empatia. Embarquei para a viagem e sinceramente, estava mais leve,
me sentindo melhor, amado e encantado com o gesto anônimo de um grupo de jovens
“amigos voluntários”. Só mesmo nas Minas Gerais, montanhosa, essas coisas
acontecem. Receber um abraço anônimo, alegre, contagiante, sem mais nem menos e
pelo puro prazer de se fazer o bem.
Poucos
de nós nos damos conta do valor de um abraço. Ele afasta o medo e até a dor,
como aconteceu recentemente com o netinho de dez anos que teve o antebraço
fraturado, quando da defesa de um potente chute de bola ao gol. Atordoado por
forte dor e lágrimas já escorrendo pela face, correu para o abraço do vovô. Um
abraço tão forte quanto à dor que sentia e enquanto caminhávamos em busca do
socorro, abracei-o fortemente e o choro cessou, até porque, antes, gritei,
dissimuladamente, para os garotos que tinham parado o jogo e olhavam
espantados..., “não foi nada..., só uma luxação e vou leva-lo para colocar compressa
de gelo”. Um abraço apertado, as palavras de apoio diante dos coleguinhas, o
carinho repassado ao menino o reconfortaram e amenizaram a dor física e muito
mais da alma, com a certeza de que estava amparado pelo abraço. E assim, pôde
sair de campo orgulhoso, fortalecido, porque defendera o gol, embora estivesse
se desmanchando em dores (no hospital, constatou-se fratura no terço distal e
engessou-se o braço). Nem mesmo eu havia imaginado, antes, o poder de um
abraço. Aliás, já havia aprendido, menos de um ano atrás, que até mesmo um
anônimo abraço aumenta a nossa alegria e autoestima e agora, com o netinho,
pude comprovar o valor do segundo tipo de abraço que conforta e até cura a dor.
Estamos
todos irmanados na dor desse desastre humanitário de Brumadinho. Não vamos aqui
procurar culpados, mas apenas nos unir às famílias, quase quatro centenas
delas, que perderam ou estão em busca dos parentes desparecidos. E tem sido
assim, por todo o tempo. O abraço e a mão amiga estão presentes, sempre. Outra
voluntária, Simone Esteves, que consolava espiritualmente uma das famílias, contou
à repórter de um jornal que “num momento desses, eles estão entregues a um
abraço, a uma palavra de conforto, oração a Deus. Eles querem apenas abraçar e
chorar, desabar em lágrimas”. E sabem que os abraços, a ajuda, a solidariedade
não têm faltado, daqui e até do exterior. Que Deus continue confortando a todos
eles. E é de se perguntar, como alguém já o fez: “Quantas lágrimas cabem numa
barragem? Quanto vale um rio de lágrimas?” vale citar os versos de Carlos
Drummond de Andrade, como a nos lembrar que governantes e empresários
gananciosos transformaram Minas em mortes, dor e lama e, pior, eles próprios
estão limpinhos e ricos, usufruindo dos lucros sobre a vida de pessoas, com
dinheiro sujo, mais sujo e podre que a lama que ceifou vidas humanas, dilacerou
famílias e devastou a natureza ao longo de matas, córregos e rios abaixo, por
centenas de quilômetros. Disse o poeta Drummond:
“O Rio? É Doce. A Vale? Amarga. Ai,
antes fosse mais leve a carga.
Entre Estatais e multinacionais, quantos
ais! A dívida interna, a dívida externa.
A dívida eterna.
Quantas toneladas de exportações de
ferro? Quantas lágrimas disfarçadas sem
berro?”.
Desta
vez, na segunda catástrofe, a sociedade está desobedecendo ao poeta, pois agora é com
berro. E não é apenas com o berro daquele boi branco, da raça nelore, atolado,
ilhado e alimentado pelos heroicos bombeiros, ali em meio à lama. Fiquemos,
pois, atentos e aguardemos as providências de quem de direito e se não forem a
contento, berremos todos. Mas antes do berro vamos fazer a nossa parte. Que tal
nossa universidade colaborar com a recomposição ambiental, tal qual faz em
Lavras, onde já plantou mais de 100 mil árvores, formando um cinturão verde ao
redor da cidade, como nos informa o Jornal de Lavras? Vamos “berrar” como
sugeriu o poeta, mas antes, vamos colaborar nesse esforço humanitário. Queria
estar lá e retribuir o abraço recebido dos mineiros, solidários, sempre!
Brasília,
31 de janeiro de 2019
Paulo
das Lavras
O desastre do
rompimento barragem de rejeitos de minérios, em Brumadinho,
deixou centenas de mortos e desparecidos.
Força devastadora do mar de lama
e rejeitos
sólidos de mineração. Grande extensão atingida com danos incalculáveis.
Foto: Isac Nobrega
– domínio público
A força da avalanche de lama, detritos e rejeitos
sólidos das mineradoras
arrancou tudo pela frente, morro abaixo. Dois
pilares da ferrovia foram levados.
Centenas de vidas ceifadas.
Foto: Voz Ativa
Minas, terra dos abraços, gente hospitaleira,
solidária. Assim fui recebido em BH, em 2018
Foto: autor, BH, 20/07/2018
O poder, a força do abraço que ampara, acarinha
Foto: autor, dezembro 2016
Abraço de conforto a quem precisa, com braço
enfaixado,
até mesmo no primeiro dia de aula
Foto: autor, jan.2019
Quer abraço mais reconfortante que esse,
depois de longo tempo na guerra do Iraque?
Foto: internet
Na data de hoje, 31/01/19, já foram resgatados 100
corpos e cerca de 260 ainda
estão desaparecidos. Mais de 300 outras pessoas já
foram localizadas e
cadastradas. Tragédia que atingiu diretamente a mais
de 700 pessoas entre
mortos, desparecidos e outras já localizadas.
Foto: internet
Sobrevivente da lama da catástrofe de Brumadinho, o
boi nelore,
batizado de “resistente” pelos Bombeiros, foi por
eles alimentado
enquanto não pôde ser resgatado.
Foto: Alexandre Guzanshe/EM D.A Press
Não foi só salvar pessoas
e animais na lama, pois havia também os que ajudavam
a salvar vidas, ou localizar corpos.
Foto: Adriano Machado
Reflorestar, regenerar a vegetação na terra
devastada. Grande tarefa pela frente.
Gostaria de lá estar e contribuir, como naquele ano
de 1968, quando trabalhei para a
Mannesman,
Barreiro/Cidade Industrial/BH, plantando milhões de eucaliptos nas encostas
da Serra do Rola Moça. Do outro lado estavam os
municípios de Ibirité e Brumadinho.
Foto: Jornal de Lavras – cinturão verde de Lavras:
quarta-feira, 16 de janeiro de 2019
Uma Posse Presidencial diferente, com mulher à frente...
Alguém se lembra
do “Velho do rio”, personagem típico de uma novela da extinta Rede Manchete, no
ano de 1990? Pois, me surpreendi com seu “reaparecimento”, nas solenidades de
posse do novo ministro da Educação. Lá estava um senhor, muito bem vestido,
barba grande e bem cuidada e portando um grande chapéu. Não resisti e ao sair,
encontrando-o assentado ao lado da portaria do gabinete do ministro e diante de
seu sorriso amistoso, o cumprimentei e desencadeamos uma conversa agradável
sobre os eventos de posses dos ministros e do presidente da república, bem como
das esperanças que nos animam para esse ano de 2019. O personagem, Nelson
Barbudo, que evocou-nos a lembrança pantaneira, é de fato mato-grossense e
deputado, o mais votado do estado. Pessoa de fácil trato, alegre e esperançoso
de dias melhores para o nosso povo. Assim, com esse descontraído e casual
encontro, terminamos o segundo dia do Ano Novo, em nossa capital federal. Um
ano que começou bem, repleto de alegrias e esperanças renovadas, como nunca
antes vividas nesses últimos 22 anos de nossa república. Vinte dois anos? Sim,
desde quando um governante promoveu a maior compra de votos no legislativo para
que fosse aprovada a sua própria reeleição, até então proibida pela
Constituição Federal. O escândalo da época, maio de 1997, só não foi adiante
por conta de um procurador que ficou conhecido por “engavetador geral da
república”. Desde então, não tivemos
mais alegrias nas posses de dirigentes de nosso país. Mas, surpreendentemente,
neste primeiro de janeiro de 2019, o novo ano teve início diferente, muito
alegre, cheio de esperanças. Diferente, até mesmo pela presença do deputado
mato-grossense com seu típico chapéu pantaneiro.
28 anos depois “reencontrei” a mais perfeita
lembrança de uma figura marcante, de uma novela pantaneira do ano de 1990 (o
Velho do rio). Na verdade, trata-se do deputado Nelson Barbudo, o mais votado
em Mato Grosso. Papo agradável, após a posse do novo Ministro da Educação, no
dia 02/01/2019.
Mas,
se a presença do deputado, com detalhe típico do pantanal brasileiro deu um
toque diferente na posse do novo ministro da Educação, também o ritual da posse
do novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi diferente. Este é o décimo
presidente desde que cheguei a Brasília, em 1975. Terminado o ciclo militar,
aconteceu a eleição de Tancredo Neves, que encheu o povo de esperanças para o
dia solene da posse. Preparamo-nos para a festa, mas infelizmente não houve a
esperada posse, pois adoeceu gravemente no exato dia e veio a falecer cerca de um
mês depois. Seguiu-se um governo frouxo, com inflação de 100% ao mês e eis que,
então, surgiu um “salvador da pátria”, o caçador de marajás e o povo com
esperanças renovadas foi à rua para a festa da posse. “Elle” não durou dois
anos e voltamos à mesma Esplanada dos Ministérios pedindo a cassação de seu
mandato, por conta de corrupção.
O famoso "velho do rio"
Diante de tudo isso, pode-se afirmar
que a posse do novo presidente do país, nesse primeiro de janeiro de 2019, além
de tranquila, sem tumultos, foi diferente por diversas razões. Enumero e
descrevo sete delas. Primeiramente,
pelas esperanças dos brasileiros, cansados de ver e ouvir, diariamente, relatos
judiciais e policiais sobre autoridades do governo e políticos envolvidos em
grossa corrupção serem presos, condenados e encarcerados, a começar pelo chefe
da organização criminosa (segundo classificação do STF). Seu programa de trabalho
contempla todas as aspirações populares contra esse estado deplorável. O
próprio Presidente emocionou-se profundamente e em pelo menos duas ocasiões, não
conteve as lágrimas. Em segundo lugar,
foi diferente a posse, por ter tido, o novo presidente, a feliz e meritória
iniciativa de colocar sua esposa a proferir um belo discurso, antes mesmo que
ele, o presidente já empossado, falasse à Nação. Ela comprometeu-se a lutar
pela inclusão das pessoas com deficiências físicas ou de outra natureza. Seu
discurso em linguagem de Libras foi mais que interessante, diferente e recheado
de conteúdo. Em terceiro lugar, houve sensível diferença pelos discursos de
seus ministros que repetiram, nas respectivas posses, as promessas de campanha
do presidente eleito e empossado. Foi
assim na Economia, na Justiça, a mais aplaudida de todas as escolhas por
representar os anseios e justiça da maioria do povo, já desanimado com o
desempenho de alguns órgãos, até mesmo acobertando ou libertando condenados por
corrupção.
O discurso do novo presidente foi
animador, pois além de demonstrar humildade e caráter, bateu firme nas questões
técnicas de economia, emprego e desenvolvimento, para as quais promete
melhorias (13 milhões de desempregados e 27 milhões que não ganham o suficiente
para sobreviver). Destacou com firmeza as políticas fundamentais para o bem
estar da população, traduzindo o anseio de seus eleitores, colocando o cidadão em
primeiro lugar, declarando, dentre tantas:
-Não
deixar que ideologias nefastas, como a do gênero, venham a dividir os brasileiros, destruindo valores, tradições
e a família, alicerce de nossa sociedade.
-
unir o povo (acabou o “nóis” contra eles)
-
nossa bandeira é verde-amarela e jamais será vermelha.
-
combater ferozmente a corrupção, efetuar enxugamento da máquina publica,
restabelecendo padrões éticos e morais na gestão pública.
-
combater a criminalidade e valorizar aqueles que sacrificam suas vidas em nome
de nossa segurança. Acabar com a ideologia que defende bandidos e criminaliza
policiais.
-
defesa da soberania nacional, especialmente nossas fronteiras.
-
retirar o viés ideológico das relações exteriores
-
hoje é o dia em que o povo começa a se libertar do socialismo e do gigantismo
estatal
Na área da Educação, foi confortante
ouvir, no auditório do MEC, onde servimos por 35 anos à Educação Superior, a
fala do novo ministro empossado, Prof. Ricardo Vélez Rodríguez, que repetiu as
palavras do presidente empossado:
-
as escolas devem ser capazes de preparar nossos filhos para o mercado de
trabalho e não para a militância política.
-
combateremos o lixo marxista que se instalou nas instituições de ensino. Sobre
a chamada “escola sem Partido” disse que o que se pretende é apenas combater a
“propaganda ideológica”, pois a escola não deve doutrinar ninguém e sim educar,
formar. A essência da escola é a Educação, completou o novo ministro.
-
deveremos substituir o marxismo cultural, que está presente nas educações
básica e superior, pela ideologia liberal e conservadora. O marxismo cultural é
prejudicial à saúde da mente, pois secciona o ser humano, o torna massa, uma
simples coisa e por isso, vamos tentar buscar uma abordagem cultural que
respeite a pessoa na sua integridade.
Além de tudo isso, chamou-nos atenção a emoção do presidente e a anotamos como a quinta
diferença, pois foi tomado de profundo sentimento, derramando lágrimas ao
entrar no Rolls Royce, ali em frente à Catedral, onde nos postamos. Novamente
foi traído pela emoção e às lagrimas, passou a tropa em revista na rampa do
Congresso Nacional, já como presidente empossado. Perguntado sobre isso, disse
que sentiu o peso da responsabilidade ao ver que estava a iniciar seu mandato
presidencial, ali, diante do povo que o aplaudia e representava a nação. A
longa luta na lide politica, a campanha, os apoios recebidos da família, amigos
e eleitores, o atentado à sua vida, a eleição, a vitória e as promessas de
trabalho ao povo brasileiro, tudo enfim. Foi um turbilhão emotivo e sempre com
a esperança de que tudo dê certo. Não é comum presidentes deixarem-se trair
pelas lágrimas. Estas, nunca mentem, é a alma se expondo, exibindo a
gratidão a Deus e a certeza de um grande compromisso a cumprir. Não menos interessante e significativo foi o
beijo recebido da esposa, durante o discurso e por conta dos pedidos da plateia
em repetido coro. O discurso da primeira dama foi marcante.
Outra diferença surpreendente, a sexta delas, foi o
comportamento do povo. Mais de 100.000 pessoas que ali estavam. Muitos com
famílias inteiras, vindos de toda parte do país e até do exterior. Trajavam as
cores da bandeira nacional, portavam placas ou slogans na camisa, crianças,
jovens, pais, famílias inteiras, com bebês no colo ou em carrinhos e até idosos
em cadeiras de rodas. Todos, sem exceção, na mais perfeita ordem e respeito,
curtindo apenas alegria. Nada de Black Blocs, reds, ou movimentos ditos
sociais, mas na verdade anarquistas, ou milícias armadas conforme apregoado por
pseudo-lideres em recente passado. Mas, felizmente alguns até já se encontram
condenados e encarcerados. Tranquilidade total, muito diferente de outras manifestações
que participamos ali na Esplanada dos Ministérios. Não houve necessidade, em
momento algum, de intervenção das forças de segurança. Aliás, a posse foi
diferente até mesmo no quesito segurança e esta é a sétima grande diferença em
relação às anteriores.
Diante do antecedente de atentado à vida do
candidato eleito, medidas especiais foram adotadas. Foram instaladas quatro
barreiras de inspeção. Na primeira as bolsas, mochilas, garrafas de água e
quaisquer objetos que representassem risco eram confiscados, além da revista
manual propriamente dita. Para compensar a proibição de garrafas d´água, foram
montadas algumas barracas com oferta de água gelada, armazenadas em tanques
especiais, onde as pessoas podiam se fartar, usando copos descartáveis. Duas
outras barreiras se seguiam até o Congresso Nacional. Para adentrar a Praça dos
Três Poderes e se posicionar diante do Palácio do Planalto e de sua rampa, por
onde o presidente chegaria, a vistoria era mais rigorosa, pois havia uma quarta
barreira, obrigando-se à passagem por detectores de metal. Vimos ainda as tropas, a pé, cavalaria e
motorizada, armadas e prontas para a ação. Helicópteros e drones especiais
sobrevoavam o espaço aéreo. A artilharia antiaérea estava estacionada bem
próxima e muitos agentes de segurança descaracterizados se dispersaram em meio
à multidão. Ao contrário, atiradores de elite, uniformizados e ostensivamente
armados, se postavam em pontos estratégicos, especialmente no topo dos prédios
da Esplanada. Havia ainda até supostos oficiais, na verdade snipers, carregando pastas ao lado das
autoridades. Pastas recheadas, certamente, de surpresas, mas que não foram
sequer acionadas e seus agentes se limitavam apenas a olhar a multidão por trás
de seus indefectíveis óculos escuros.
Outro detalhe da segurança foram os espessos vidros
blindados no parlatório, de onde o Presidente e a Primeira Dama discursaram
para o povo. Mas, pode-se dizer que a
grande diferença no quesito segurança nem foram os armamentos e excessivas revistas
de detecção de metal, mas sim a pacífica manifestação popular, sem que tenha
havido sequer um único ato de invasão de área proibida ou mesmo vandalismo em
prédios e patrimônios públicos. Enfim,
foi uma festa bem organizada, com público quase que exclusivamente familiar e
acima de tudo patriótica, emocionante e, sobretudo diferente. Diferente pelas
razões já comentadas, mas, principalmente por aquilo que a própria imprensa disse
e alardeou que a Primeira Dama roubou a cena, pela sóbria presença, com belo e
compromissado discurso em favor de uma ação social mais efetiva e até mesmo
pelo inédito e carinhoso beijo no novo Presidente, companheiro se sua vida e
com o qual lutou para ali chegar. Valeu!
Bem, o novo presidente pediu um prazo
de 100 dias para colocar em prática tudo aquilo que enunciou em seu programa de
governo e que reconhece como sendo a grande aspiração, o desejo do povo que o
elegeu. Esperemos, pois, atentos, o
cumprimento desse promissor programa de governo. Um governo que tem tudo para
ser diferente, vitorioso, tal qual almejamos e vamos torcer para que seja bem
sucedido. Nossos filhos e netos agradecerão.
Brasília, 03 de janeiro de 2019
Paulo das Lavras
O velho do rio, famoso personagem da
telenovela “Pantanal”?
Não!
Trata-se do deputado mais votado no Mato Grosso, Nelson Barbudo que foi
prestigiar a transmissão do cargo de Ministro da Educação.
Foto:
autor
Metrô lotado, rumo à posse
presidencial
Foto:
Renata Costa
... bem lotado, mesmo e todos de verde amarelo. Verdadeira
festa quando havia novos embarques!
Foto:
autor
alegria das pessoas
chegando à Esplanada dos Ministérios. Não se via outra
bandeira que não a nacional
Foto:
CB
nem mesmo a
longas filas para a primeira revista desanimou o povo. Ali
eram deixadas sacolas, mochilas e até garrafa
de água.
Foto: CB
proibidas garrafas..., mas água gelada à vontade
Foto: autor
Chegada do
comboio presidencial e troca de carro, passando para o Rolls Royce, aberto, em
frente à Catedral. Caminhão da imprensa se deslocando à frente do desfile
presidencial rumo ao Congresso Nacional. Céu carregado, prometendo chuva, mas
que felizmente não chegou.
Foto:
autor
Forte emoção do
novo presidente ao subir ao carro aberto e ver a multidão o aplaudindo
Foto: Ricardo
Moraes
Os Dragões da
Independência, com seu histórico uniforme de gala (criado em 31/01/1765 e
reorganizado por D. João VI em 13/05/1808), escoltam o novo Presidente do
Brasil, rumo ao
Congresso Nacional, onde tomará posse.
Foto:
autor
Logo no início do desfile o cavalo começa a
refugar. O presidente
pede cuidado ao motorista do Rolls Royce
Foto: Carl de
Souza
... e chega a
gritar... , cuidado, pare..., pare o carro!
Foto: Carl de
Souza
... e aplaude o cavaleiro que consegue dominar
o cavalo refugão...
Foto: Carl de
Souza
... para em
seguida continuar o desfile e acenar
alegremente para o povo
Foto: do autor
... e passa acenando,
bem à nossa frente
Foto: do autor
A escolta dos
Dragões da Independência, logo atrás do Rolls Royce Presidencial.
Foto: do autor
Chegada ao Congresso, e o atento agente de segurança
com a pasta espiã
Foto: Marcos Brandão
Assinatura do Termo de Posse, no Congresso Nacional,
com uma simples caneta Compactor
Economic
Foto: Roque de Sá
Após a posse, no Congresso Nacional, a solene
“revista da tropa”, do Exército, Marinha e Aeronáutica, postados em continência
ao Chefe Supremo da Nação. Seguranças a cada 10 metros,
no alambrado
ao lado da rampa, no gramado.
Foto: Marcelo Ferreira
A emoção do Presidente empossado, Comandante Supremo
da Nação, durante
a passagem em
revista à tropa, em frente ao Congresso Nacional
Foto: CB
Salva de tiros de canhão para o novo Chefe de Estado,
em frente ao Congresso Nacional
Foto: CB
A chegada apoteótica ao Palácio do Planalto
Foto: Sylvia Isquierda
Subindo a rampa do Palácio Presidencial. Outros três
agentes
cercam o Presidente, portando as pastas-espiãs, iguais
e sempre na mão esquerda
Foto: Sérgio Lima
Uma longa e apoteótica caminhada na rampa. E os
homens com as pesadas pastas-espiãs, logo atrás
Foto: Ueslei Marcelino
Caminhada em busca da Faixa Presidencial
Foto: Ueslei Marcelino
... e aí está a sonhada faixa presidencial e o
discurso da Primeira Dama, Michele Bolsonaro,
que roubou a cena..., disse a imprensa. Com razão, cena inédita e maravilhosa e mais emocionante, ainda, foi o seu discurso em defesa dos portadores de necessidades especiais.
Foto: CB
O discurso de Michele, interrompido a pedido da
plateia,
para um beijo
no marido-presidente
Foto Fábio Tito
discursando: “nossa bandeira é verde amarela”
Foto: CB
A simplicidade, assinando o Termo de Posse dos
Ministros, no Palácio do Planalto,
com sua caneta BIC. Já vi Montblanc, Parker e tantas
outras de ouro, exibidas por empossados que gostam de ostentação.
Foto: internet (autor não identificado)
O Presidente Bolsonaro com seus Ministros empossados
no Palácio do Planalto
Foto: CB
A segurança
reforçada:
Segurança reforçada, fila para a quarta e última
inspeção:
detector de
metais, na Praça dos Três Poderes
Foto: Ed Alves
Detector de metal em frente ao Palácio do Planalto
Foto: Ed Alves
Barreiras físicas e tropas isolando as faixas para a
passagem da comitiva presidencial.
Foto: Nelson Almeida
Segurança
total em frente ao Palácio do Planato, incluindo vidros
à prova de balas no parlatório e snipers ao lado da comitiva
presidencial
e no topo dos prédios
Foto: Nelson Almeida
snipers no topo do Palácio do Planalto
Foto: CB
detalhes das barreiras de contenção, alambrado e
cordão de policiais da tropa de choque e agentes de segurança na retaguarda e
sobre plataformas suspensas (mãos filmando com celular)
Foto: CB
Barreira
intransponível nos fundos da Praça dos Três poderes
Foto: CB
O peso
da “pasta espiã” que o atirador de elite carrega na mão esquerda, tendo
a
direita livre para, possivelmente e se
necessário, apertar o gatilho na alça da pasta.
O Presidente estava tenso ao desembarcar do
Rolls Ryce e iniciar a caminhada no tapete
vermelho de acesso ao Congresso Nacional.
A
Primeira Dama também absorveu a preocupação do Presidente, pois ali ele estava
mais exposto,
razão pela qual o agente de segurança estava
colado a eles e também expressava nítido nervosismo
Foto:
Ricardo Moraes
A internet mostra o que pode conter uma dessas
pastas espiãs...
Fonte: Youtube
Vidros à prova de balas, com mais de 30 mm de
espessura, até a altura da cabeça,
no parlatório externo ao Palácio do Planalto.
Foto Fabio Tito
O plano
de exclusão de voos sobre Brasília, no dia da posse presidencial
Foto:
FAB
Caças F5
no ar, com ordem para abate, se necessário e ...
Foto:
FAB
Artilharia
aniaérea em terra, ao lado dos anexos dos Ministérios
Foto:
FAB
...verdadeiro
aparato de combate antiaéreo. Inimigo algum escapa, no ar!
Foto:
FAB
Mesmo na
hora de dispersão do povo e tendo se encerrado as solenidades, os fusis M-16
estavam engatilhados e os policiais prontos para a ação, atentos a tudo ao
redor, até mesmo aos drones
e helicópteros que sobrevoavam o local. Fotos
permitidas, mas, sempre sérios e concentrados
na missão de segurança. Nota 10,
pois não houve um tumulto sequer e as familias ficaram e voltaram para a casa
em total segurança e tranquilidade! Fez diferença!
Foto: autor
A tranquilidade e alegria do povo na festa:
relembrando
o pixuleco presidiário, porém, hoje, gente séria, patriota, sem o vermelho.
Irradiando
alegria e confiança num país melhor.
Foto: CB
Esquadrilha
da Fumaça alegrando a multidão.
Foto: CB
Sol
quente, abrigo sob o verde amarelho
Foto: CB
Mais
gente chegando à Esplanada
Foto:
Fábio Rodrigues
idosos e
cadeirantes, esperançosos de dias melhores com o verde-amarelo
Foto:
Fábio Rodrigues
Com 85
anos e ainda esperançoso de dias melhores, na Justiça.
Admirável
como o patriotismo empolga os mais idosos. Gente que trabalhou
e ajudou a construir o país!
Foto: autor
Feliz
Ano Novo, assim, sim! Dizem os mais jovens na Praça dos Três Poderes
Foto: CB
jovens
de outras nacionalidades, aqui residentes e confiantes
no futuro das relações internacionais
Foto: autor
Amigos vindos
da Flórida, Clyde Fraisse, professor da University of Florida – Gainesville,
Simone e Fernando. Festa brasileira para
brasileiros saudosos visitando
a Pátria
depois de muito tempo ausentes.
Foto:
Simone Fraisse
Terminou
a festa cívica, hora de ir-se embora
Foto:
autor
... de
volta ao metrô. Fim de festa... Valeu!
Foto: autor
A transmissão de cargo no Ministério da Educação:
Dia
seguinte, transmissão de cargo no MEC, minha casa de trabalho por mais de 30
anos
Foto: autor
Relembrando
os 33 anos trabalhados em tempo integral no Ministério da Educação.
Foram 17
ministros: Ney Braga, Euro Brandão, Eduardo Portela, Rubem Ludwig,
Esther Ferraz, Marco Maciel, Jorge Bornhausen,
Hugo Napoleão, Carlos Santana,
Carlos Chiarelli, José Goldenberg, Eraldo
Tinoco. Murilo Hingel,Paulo Renato,
Cristovam
Buarque, Tarso Genro e Fernando Haddad.
Foto: autor
Cumprimentando
o novo Ministro da Educação, Ricardo
Vélez Rodríguez,
pelas
firmes posições em consonância com as novas diretrizes do
Presidente
da República.
Foto: autor
Uma das metas educacionais do novo presidente e
repetida em discurso de posse pelo
novo Ministro
da Educação, Ricardo Rodríguez: retirar o lixo marxista
Foto: CB
...e
ainda pudemos relembrar dos tempos em que trabalhamos com projetos
de
educação superior entre o do MEC e Colômbia, seu país de nascimento
Foto: autor
O
Ministro da Educação e seus Secretários, após a posse
Foto: autor
O ex-
ministro Rossiele, que deixou o cargo e declarou ter tido
dificuldades devidas às “discussões outras que
o obrigaram a deixar de olhar o essencial”
Foto: autor
Assinar:
Postagens (Atom)